A defesa de Rômulo Rodrigues Dias, que foi a julgamento nesta sexta-feira (11) pelo assassinato de Graziela Pinheiro Rubiano, tenta provar que a jovem na realidade teria desaparecido após a morte do em Três Lagoas, em 2016. Segundo o advogado, a jovem poderia estar fugindo do suposto mandante do crime.

Daniel Soller chegou a ficar preso pelo assassinato, sendo solto em 2017. Em testemunho nesta manhã de sexta (11), durante o juri, ele contou que após a sua saída da prisão, chegou a contratar um detetive particular para encontrar Grazi e provar a sua inocência, já que ele acreditava que ela estava ‘desaparecida'. Ele disse ainda que no dia da morte do ex-marido, ela se mostrou fria e não avisou a família de Renato Sérgio Coffers que ele foi morto a tiros. 

A irmã de Rômulo também testemunhou nesta manhã de sexta (11), e, segundo ela, várias pessoas estavam atrás de Graziela por dívida de dinheiro e que já teria, inclusive, a casa invadida por homens que estavam atrás de Grazi. Segundo a irmã de Rômulo, os homens teriam dito que Graziela tinha sumido com dinheiro deles.

Amigas de Grazi também foram ouvidas durante o julgamento, e disseram que ela nunca faltava ao curso, pois o sonho dela era prestar concurso para entrar na Santa Casa, já que almejava estabilidade financeira. Elas relataram ainda, durante o testemunho, que a única vez que Grazi faltou foi quando ela acabou ficando doente ao pegar dengue. 

Ainda foi dito que em algumas ocasiões, elas perceberam roxos nos braços e nas costas de Graziela que sempre desconversava e nada dizia sobre os hematomas. Foi perguntado pela defesa durante o julgamento se o curso feito pelo casal tinha aulas de órtese, amputação, o que foi negado. 

Quando Rômulo acabou preso pela morte da esposa, foram descobertos os endereços no GPS do carro. Confrontado sobre os endereços encontrados, Rômulo teria dito que estava carpindo um lote nas imediações. No dia anterior, Rômulo teria seguido Graziela para flagrar uma traição, sendo que ficou rondando o local até que Grazi saísse do motel. Segundo o investigador que falou no julgamento, foi constatado muito sangue na residência onde o casal vivia. Ainda segundo o investigador, havia muitas avarias no teto e a casa parecia abandonada. 

A filha de Graziela também depôs no julgamento e falou que não tinha muito contato com a mãe, afirmando que a última vez que tinha visto Grazi foi há 5 anos. O júri deve continuar ao longo do dia com a oitiva do acusado.