Após confrontos e morte na Bolívia, fronteira com MS recebe reforço policial

Após os confrontos, a Polícia decidiu enviar um contingente para a área de fronteira com o Brasil, em Corumbá. Os policiais partiram na manhã deste sábado (22) da capital Santa Cruz.

Segundo o site Diário Corumbaense, no entanto, todo o contingente policial não ficará em Puerto Quijarro. 40 ficarão em Roboré e estarão prontos para atender quando solicitados. O restante vai para Arroyo Concepción e Puerto Quijarro.

Durante o conflito, o 6º Batalhão da Polícia Militar deixou guarnições de prontidão do lado de Corumbá e PMs permanecem na fronteira.

Os confrontos em Puerto Quijarro, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, ocorreram quando vários militares estavam presentes, mas “devido ao número de manifestantes, tanto os que apoiam a greve, quanto os que a rejeitam, a situação chegou a extremos”.

Grupo de pessoas tentava iniciar um bloqueio e outras buscavam evitar a ação, o que acabou resultando em uma briga generalizada que terminou com feridos e um morto. O comandante da fronteira, coronel Nelson Pacheco Barrios, informou que irá se reunir com lideranças para evitar novos confrontos.

Conflito

Os conflitos fazem parte de atos classificados como “medidas extremas” para pressionar o governo de Luis Arce a realizar o Censo Demográfico em 2023 e não em 2024. O Censo disponibilizará novos dados populacionais “em tempo hábil”, sendo possível novo pacto fiscal antes do próximo período eleitoral.

De acordo com lideranças do Paro Cívico, o levantamento precisa ser realizado o quanto antes, pois o Estado de Santa Cruz de La Sierra e outros departamentos são os mais prejudicados, já que o último foi realizado em 2012 e de lá pra cá muita coisa mudou.

No departamento de Santa Cruz, nas cidades de Montero, Warnes, Portachuelo, Guarayos, Pailón e Roboré, há pontos de bloqueio da mobilização por tempo indeterminado.

A linha internacional de Corumbá com as cidades fronteiriças de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, após o confronto de sexta, está fechada neste sábado do lado boliviano, de acordo com o Diário Corumbaense.

Carros, cavaletes e até montes de terra impedem o tráfego de veículos. Apenas pedestres podem cruzar a fronteira. É o terceiro fechamento desde o início dos protestos.