Luiz Francisco Perin, de 66 anos, transportava blocos de concreto de Tapejara, cidade onde mora com a esposa no Rio Grande do Sul, para Bonito, em MS, quando outra carreta que seguia sentido contrário na BR-163 invadiu a pista e ambos colidiram de frente. Luiz e o outro motorista Leomar Pasinato, de 42 anos, morreram carbonizados, após os veículos pegarem fogo com o impacto da batida.
Ao Jornal Midiamax, a nora de Luiz, Marjana da Silva, contou que o sogro sempre teve o sonho de ser avô, sonho este realizado em 2020. Por conta da distância, a última vez que o viu pessoalmente foi no aniversário da filha de um ano em janeiro. “Mas nos falamos por chamada de vídeo na semana passada”, contou.
O idoso era caminhoneiro há muitos anos e nunca se envolveu em acidente. “Ele trabalhava com o que gostava, porém, a estrada é muito cansativa e perigosa, mas ele era muito prudente. Morreu por imprudência dos outros, ele não estava errado”, relata a nora.
Luiz terá uma cerimônia e será sepultado na cidade onde nasceu, Maximiliano de Almeida no Rio Grande do Sul. Ele deixa a esposa e um filho.
O acidente aconteceu no fim da tarde de quinta-feira (25) entre Itaquiraí e Naviraí. A colisão foi frontal e uma carreta estava carregada de grãos e outra com blocos de concreto. Uma terceira carreta se envolveu no acidente, mas segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal) o motorista, de 40 anos, saiu ileso.
Com o impacto da colisão, a terceira carreta foi parar fora da pista e as chamas se espalharam pela vegetação ao redor. A pista ficou interditada até a madrugada desta sexta-feira (26), liberada apenas às 2h15, segundo a PRF. A perícia, Corpo de Bombeiros e CCR-MS Via, responsável pelo trecho, também foram acionados.
