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Polícia

Após repercussão, Sejusp ‘explica’ fala sobre narcotráfico entre indígenas

Durante confronto, o indígena Vitor Fernandes morreu após ser baleado por policiais
Thatiana Melo -
Equipes do Choque na região de Amambai - Foto: Leitor Midiamax

Após a repercussão, inclusive, internacional sobre o confronto na região de Amambai, a 352 quilômetros de Campo Grande, na última sexta-feira (24), que acabou na morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos, e outros três policiais militares feridos, a Sejusp (Secretaria de Estado e Segurança Pública) explicou fala sobre narcotráfico, apenas, como exemplo.

No entanto, foram enviados para a área de conflito ao menos 100 policiais da tropa de elite da Polícia Militar- o – além de um helicóptero que acabou atingido por um disparo. Durante a retomada, indígenas ficaram feridos sendo um deles internado em estado grave, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de um de .

Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 23 deste mês – um dia antes do confronto com morte – por esbulho possessório pela gerente da fazenda onde está narrado que, indígenas invadiram o local, mas com a chegada dos policiais do Choque, os índios teriam ido embora.

Em seguida após a saída dos militares da propriedade rural, quatro indígenas teriam voltado para a fazenda armados fazendo ameaças e vandalismo no local. Ainda foi relatado que no interior da fazenda havia cerca de 30 indígenas, e que estariam em busca de terras.

Conflitos em áreas indígenas são assuntos tratados pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal). Em nota a PF ressaltou que “Compete aos agentes federais apenas “garantir a integridade de comunidades indígenas, quando essas se encontrarem em risco.”

Durante coletiva na sexta, Antônio Carlos Videira, secretário da , havia dito que os policiais foram ao local após denúncias de tráfico de drogas, o que foi rebatido em nota publicada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário) que é ligado a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Em nota, o Cimi relata que “A ação de despejo, sem mandado judicial e realizada por um grande contingente de policiais da tropa de choque da PM (Polícia Militar) de , resultou no assassinato de Vitor, indígena Guarani Kaiowá de 42 anos, e deixou pelo menos outros nove feridos por armas de fogo e projéteis de borracha, alguns com gravidade.”

Ainda segundo a nota, a ação teria sido truculenta com policiais usando armas letais e não letais, e ainda com uso de helicóptero, atirando contra crianças e idosos, sendo que um dos feridos estaria internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital de Ponta Porã, após ser ferido a tiros na cabeça. A ação teria sido ilegal e ainda durante o sábado (25), as lideranças indígenas buscavam por mais feridos e mortos.

Pedido de ajuda

Desde o dia 19 de junho, aldeia indígena de Amambai, pede apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos. Os problemas antecederam a retomada a uma propriedade rural no dia 23 deste mês e conflito com policiais militares, que resultou na morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos.

Em um primeiro ofício, datado de 19 de junho, o pedido de apoio é sob alegação de que há situações de agressividade e violência na retomada das terras. “Há muitos menores de idade correndo risco de vida, bêbados e muitos aproveitam o conflito e andam com armas brancas e com facão, lanças, fechando as estradas que a comunidade utiliza”, diz trecho do ofício.

Já no dia 23, marco das primeiras invasões na Fazenda Borda da Mata, ofício foi encaminhado para a Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF (Ministério Público) e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No pedido, foi reforçada a situação de conflito interno na aldeia.

Ainda foi ressaltado que alguns envolvidos na retomada estavam agindo com agressividade e que deram tiros com armas de fogo em direção à sede da fazenda. “As lideranças temem que os fazendeiros ataquem os indígenas e que saia alguém ferido, pois no local está ficando tenso”.

Foi solicitado novamente apoio e tomada de providência para resguardar a vida dos indígenas. “Declaramos que não compactuamos com esse tipo de violência dentro da aldeia”, cita o documento.

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