Advogado deixa defesa de jovem acusado de assassinar mãe com 30 facadas

Matheus foi preso 11 dias depois do crime

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O advogado Henaglyton Corneto deixou a defesa de Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, acusado de matar a mãe, Marta Gouveia, com 30 facadas em janeiro deste ano, em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande. 

Segundo Henaglyton, ele havia sido contratado para fazer a audiência de custódia do rapaz, e como já passou renunciou a defesa de Matheus, que deve contratar outro advogado. Sobre o pedido de revogação da prisão que seria feito após resultados de exames de coleta de material genético, o advogado falou que outro defensor deve fazer. 

Ao falar sobre o caso com o Jornal Midiamax nessa quinta-feira (10), o advogado afirmou que Matheus teria alegado inocência e que o autor do crime seria um parente do ex-marido de Marta, mas a possível motivação não foi revelada por Henaglyton, que afirmou que esperava pelos resultados de exames pedidos, coleta de material genético, para entrar com pedido de revogação da prisão de seu cliente.

Já sobre o fato de Matheus ter dito em depoimento que ‘tinha outros planos’ — que era servir o Exército —, o advogado relatou que, na realidade, o jovem estava tentando encontrar um meio de sobreviver, após a morte da mãe. Matheus está preso desde o dia 4 de fevereiro.

No dia 25 de janeiro, dois dias após a morte de Marta, o jovem prestou depoimento e disse: “senti grande aflição ao saber da morte da minha mãe, mais pelos meus irmãos porque eu já estava com outros planos”.

Os planos de Matheus seriam servir o Exército, em Aquidauana, onde acabou preso no dia 4 de fevereiro. O rapaz ainda contou que Marta queria mudar de cidade, já que não estava conseguindo arrumar emprego na sua área, técnica de enfermagem. Segundo o rapaz, a mãe estava trabalhando como cuidadora de um cadeirante.

Depoimento

Em depoimento, Matheus disse que havia chegado até a delegacia no dia do desaparecimento para registrar a ocorrência do sumiço de Marta, mas que ao chegar na porta desistiu, indo embora para casa por volta das 9h40 da manhã de 23 de janeiro.

Seis horas depois, o corpo de Marta acabou encontrado às margens da rodovia MS-276. Ela estava seminua e tinha sido assassinada com 30 facadas na cabeça e no pescoço.

Ainda segundo o depoimento de Matheus, a mãe pretendia mudar para Maringá e todos iriam com ela. Na semana anterior a sua morte, a vítima teria conversado com várias pessoas, inclusive em Maringá, na tentativa de arrumar uma casa para fazer a mudança. Matheus ainda contou que a mãe pretendia ir até o estado paranaense em busca de conseguir uma residência para alugar.

Matheus relatou que próximo ao horário do almoço quando já estavam todos a procura de Marta, ele chegou a ligar do celular do irmão de 11 anos para o Ciops para falar sobre o sumiço de sua mãe, mas foi informado que teria que ligar na delegacia de Polícia Civil, mas ele não ligou. 

Já na delegacia quando soube que o corpo de uma mulher havia sido encontrado às margens da rodovia, naquele momento soube que era sua mãe e que tentou quebrar seu celular por aflição. Posteriormente, o aparelho de Matheus acabou apreendido pela polícia. O rapaz ainda disse que a mãe era explosiva com os filhos e que o relacionamento dos dois se tornou mais próximo nos últimos tempos. Exames para saber se Marta sofreu violência sexual foram solicitados, mas ainda não ficaram prontos. 

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