Adriano Garcia é exonerado oficialmente do cargo de delegado-geral da Polícia Civil de MS

Roberto Gurgel toma posse nesta terça-feira (22)

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Adriano Garcia
Adriano Garcia

Após o anúncio de que Roberto Gurgel assumiria a vaga de delegado-geral, Adriano Garcia Geraldo teve sua exoneração publicada em Diário Oficial desta terça-feira (22). A saída de Adriano já havia sido divulgada na última sexta-feira (18).

Foi publicada oficialmente, no Diário Oficial desta terça (22), a exoneração de Adriano, que na última sexta (18) pediu dispensa do cargo após o escândalo em que o delegado se envolveu ao atirar nos pneus do carro de uma jovem de 24 anos, durante uma briga de trânsito.

Roberto Gurgel teve sua dispensa da Acadepol publicada no Diário Oficial, e assume a vaga de delegado-geral, mas ainda não teve a nomeação publicada oficialmente em Diário.

Garcia também é investigado em outro procedimento pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), por suposto envolvimento com o jogo do bicho, fato que gerou crise interna na corporação há três meses.

Briga no trânsito

A versão registrada na delegacia admite que tudo começou após uma briga de trânsito. Na versão da ocorrência, foi confirmado que Adriano buzinou após ser ‘fechado’ e que a motorista de 24 anos teria ‘mostrado o dedo’ após levar a buzinada. O histórico afirma que o delegado atirou duas vezes depois que ela já tinha parado o carro, e um dos disparos quando ela tentou fugir.

Segundo a versão da Polícia Civil, Adriano teria atirado porque achou que a jovem, mesmo com o carro trancado pelo carro dele, estaria “virando o volante para o lado dele e engatando ré”. No entanto, pouco antes, ele mesmo diz que não sabia quantas pessoas poderiam estar no carro porque tinha insulfilm, ou seja, contraditoriamente, diz que não seria possível ver o interior do veículo.

Durante o atendimento da ocorrência dos disparos feitos pelo delegado-geral, os policiais que atenderam à ocorrência do chefe recolheram a memória de uma câmera que ela tinha no para-brisa do carro, e o celular da jovem.

A motorista garante que, nas filmagens, poderia provar que o delegado-geral a perseguiu sem se identificar logo após se irritar em uma desinteligência de trânsito. “Simplesmente mostrei o dedo para ele porque meu carro afogou e ele buzinou. Eu não tenho bola de cristal para saber que ele é delegado”, disse a jovem.

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