VÍDEO: Irritados com baderna, moradores da Nhanhá alugam trator e derrubam ‘cracolândia’ em Campo Grande

Cansados de esperar por uma medida da Justiça, moradores da Vila Nhanhá, em Campo Grande, se uniram e resolveram derrubar uma casa abandonada, utilizada como boca de fumo na região. A demolição aconteceu nesta terça-feira (02) e, mesmo sem autorização judicial, foi acompanhada pela polícia, Conselho Tutelar, além de 50 famílias. “Um alívio”, disse uma […]

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Cansados de esperar por uma medida da Justiça, moradores da Vila Nhanhá, em Campo Grande, se uniram e resolveram derrubar uma casa abandonada, utilizada como boca de fumo na região. A demolição aconteceu nesta terça-feira (02) e, mesmo sem autorização judicial, foi acompanhada pela polícia, Conselho Tutelar, além de 50 famílias. “Um alívio”, disse uma moradora ao Jornal Midiamax.

Isso porque a situação estava piorando a cada dia. “Era um entra e sai de usuários 24 horas por dia, com produtos furtados, drogas e até crianças”, conta a autônoma de 34 anos que teve a rotina resumida em se manter trancada dentro de casa. “A gente não podia nem sentar aqui na frente de casa, meu filho não sabe o que é sair para brincar”.

VÍDEO: Irritados com baderna, moradores da Nhanhá alugam trator e derrubam ‘cracolândia’ em Campo Grande
Imagem: Henrique Arakaki

Há três anos em que mora no bairro ela e outros moradores tentam apoio do Poder Público. “Mas nada foi feito. A gente cansou de esperar”, desabafa. Então, resolveram contratar um trator, que realizou a demolição na noite desta terça. “O dono queria resolver judicialmente, mas quanto tempo mais iríamos esperar”, questiona a mulher.

Borracheiro de 54 anos explica que o dono da casa demolida já colocou o imóvel para venda, mas não conseguia comprador. “Era uma marmoraria, mas ele fechou. Depois tentou vender, mas nem corretor conseguia vir aqui. Era uns 20 usuários, mulheres grávidas, crianças”, diz o homem.

Há 15 anos na região, um comerciante também afirmou que era frequente, além do uso de drogas, a prostituição no local. No entanto, afirma que havia policiamento constante. “A polícia sempre passava,. Quando alguém era preso, saía da delegacia antes mesmo que a própria polícia”, lamenta.

Nesta quarta-feira (03), diante ao cenário de destruição do imóvel na rua do Ébano, a autônoma fala em alívio ao Jornal Midiamax. “Foi a primeira noite que eu e minha família dormimos tranquilos aqui em casa”.

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