Na tarde desta quarta-feira (10), a 6ª Delegacia de Polícia Civil faz a reprodução simulada do assassinato de Agnaldo Rodrigues da Silva, de 36 anos, morto na madrugada de 27 de fevereiro de 2020 no São Conrado. O autor do crime seria Leonel Ricardo Gonçalves, o Cruel do PCC (Primeiro Comando da Capital), que teria agido a pedido da ex-mulher de Agnaldo.

Conforme o delegado Mikail Faria, após a reprodução simulada do crime, a mulher e o filho dela, que era enteado de Agnaldo, devem ser liberados provisoriamente. Eles estavam presos preventivamente pelo crime, mas têm colaborado, além de terem residência fixa e empregos.

Já o pedido da prisão preventiva de Cruel foi feita na terça-feira e ele é considerado . A intenção da ‘reconstituição' do crime é entender a dinâmica dos fatos, já que mãe e filho apresentaram versões diferentes do caso em depoimento na delegacia. Além disso, determinar se houve participação de mais pessoas, o que pode ser descartado.

Segundo a polícia a mulher era casada com Agnaldo e morava com ele em São Paulo, onde o conheceu na clínica de reabilitação em que trabalhava. No entanto, eles vieram embora para . A mulher conta que sofria ameaças, agressões e também era estuprada por Agnaldo.

VÍDEO: Ex-mulher e enteado serão liberados após reconstituição da morte de homem por ‘Cruel' do PCC
(Foto: Leonardo de , Midiamax)

Assim, ela também sabia a boca de fumo em que o então marido comprava drogas e lá conheceu Cruel, disciplina do PCC. Após o do relacionamento, Agnaldo teria tentado invadir a casa da ex, na noite do dia 26 de fevereiro. Ela chamou Cruel, que ameaçou a vítima e afirmou que mataria Agnaldo caso ele voltasse a ameaçar a mulher.

Momentos depois a mulher voltou a ligar para Cruel, porque o ex tentava invadir a residência pulando o muro e teria danificado até a cerca elétrica. Ele foi até a casa e então teria assassinado Agnaldo. A princípio a mulher e o enteado afirmaram que ele agiu com outra pessoa, mas o fato é apurado pela polícia.

Para a mulher, é imputada a intenção do homicídio, já que ela sabia que o ex-marido seria morto. Ao invés de acionar a polícia, ela preferiu ligar para Cruel. Além disso, a polícia tenta entender porque Agnaldo não fugiu, já que o disciplina do PCC levou cerca de 50 minutos para chegar na casa. É investigado se a mulher e o enteado de Agnaldo o seguraram.