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Polícia

Trio acusado de matar rapaz com pelo menos 20 tiros no Tijuca fica preso preventivamente

Homicídio teria ocorrido por disputa pelo tráfico na região
Arquivo -

Passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (2), o trio preso em flagrante pelo homicídio de Luiz Felipe da Silva, de 22 anos, executado com pelo menos 20 tiros no Tijuca. Luiz foi morto na varanda de casa pelo grupo, a mando de um detento, supostamente em uma disputa pelo comando do tráfico de drogas na região.

Os três acusados, representados pelos mesmos advogados, já tinham passagens pela polícia, sendo que o homem de 34 anos ainda cumpre pena por tráfico de drogas. Ele, inclusive, teve regressão do regime de semiaberto para fechado em novembro de 2020, portanto estaria foragido.

A defesa requereu a liberdade provisória ou aplicação de medidas cautelares diversas da prisão aos três presos. Eles respondem por homicídio qualificado, receptação, associação criminosa, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. O juiz determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva e os mandados foram cumpridos.

Prisão em flagrante

Após o assassinato no Tijuca na tarde de quarta-feira (31), os policiais do Batalhão Choque passaram a fazer diligências, quando avistaram no Guanandi um Fiat Uno prata, que teria sido utilizado no crime. O homem que conduzia o carro tem 23 anos e foi abordado quando chegava em uma residência. Ele disse que morava com o amigo, de 22 anos.

Questionado sobre o Fiat Uno, o jovem ficou nervoso, momento em que os policiais entraram na casa, localizando porções de maconha e papelotes de cocaína. O rapaz de 23 anos então afirmou que trabalhava para o dono da residência e recebia R$ 400 para embalar a droga.

Sobre o carro, disse que entregou para um homem conhecido como ‘Gordinho, neguinho’ e o comparsa ‘Magrelo’, a mando do dono da residência. O Fiat Uno foi emprestado por volta das 9h35 e devolvido às 15h50. Na devolução, o jovem de 23 anos chamou uma corrida por aplicativo para os autores e, com as informações, os policiais do Choque conseguiram chegar a outro endereço no bairro Aero Rancho.

Já neste local onde os suspeitos teriam sido deixados pelo motorista de aplicativo, ‘Gordinho, neguinho’, de 34 anos, foi localizado. Ele confessou participação no homicídio, entregando aos policiais um carregador de pistola com três munições intactas e informando que a arma do crime estaria com o comparsa ‘Magrelo’ de 20 anos, no bairro Tarumã.

O endereço do Tarumã seria de uma casa pertencente à irmã de Magrelo. Ele conseguiu fugir ao ver os policiais, mas após cerco foi localizado em cima do telhado, no bairro . O rapaz também confessou participação no homicídio de Luiz Felipe, junto com Gordinho, mas não informou a motivação do crime ou se agiram a mando de uma terceira pessoa.

Sobre a arma usada no crime, Magrelo disse que enterrou a pistola .380 no quintal da casa da irmã no Tarumã. A arma foi apreendida e acabaram presos o rapaz de 23 anos que estava na casa com a droga, Gordinho e Magrelo. O veículo Fiat Uno também foi apreendido.

Execução

Para a polícia, a suspeita é de que a vítima estaria vendendo drogas na região, “disputando” o comércio com o outro traficante. Este, não teria gostado de saber que Luiz vendia droga sem comprar dele. Um adolescente de 15 anos, que presenciou o crime, ainda afirmou que já foi ameaçado pelo traficante – que está preso, mas continua comandando a venda de entorpecentes na região.

No momento do assassinato, o adolescente relatou que estava com Luiz e outro rapaz na casa, quando “um homem ‘gordinho’ chegou e pediu uma paradinha (sic)”. O suspeito dirigia um veículo Fiat Uno de cor cinza, segundo o adolescente, e desceu do carro já fazendo os disparos.

A testemunha contou que conseguiu correr para trás do sofá, mas ainda foi atingido de raspão em uma das mãos. Por fim, ele relatou que o traficante teria dito que “o valor para matar Luiz seria menos de uma ‘caixinha’ de cerveja (sic)”.

O outro rapaz teria conseguido se esconder na parte de trás do imóvel. Ao sair de trás do sofá, o adolescente já teria encontrado Luiz morto, e ainda alegou que dois dos ocupantes do carro “deram um confere (sic)” na vítima, para terem certeza de que tinha morrido.

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