O sequestro que acabou na execução de Ailton Franco da Silva, de 24 anos, após ser levado de casa no Jardim Centro-Oeste, no dia 10 deste mês, estaria ligado ao tráfico de drogas, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax.

Informações apuradas pelo Jornal são de que Ailton estaria envolvido com tráfico de drogas, apesar da família do rapaz negar e dizer que ele era uma pessoa ‘tranquila’ e não fazia uso de entorpecentes. Não se sabe se a execução seria por um negócio mal sucedido de comercialização de drogas, ou ainda, falta de pagamento.

As investigações continuam pela DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). Ailton foi sequestrado por homens fortemente armados, que se passavam por policiais, no Jardim Centro-Oeste, na madrugada do dia 10 de agosto. No local onde o corpo foi encontrado, foram apreendidas 24 cápsulas de calibre 9mm.  Ailton tinha ferimentos de tiros nas pernas e no tórax. Ele estava com as mãos amarradas para trás com uma braçadeira de plástico. 

‘Não sabemos o que aconteceu’

Quando o corpo de Ailton foi encontrado, familiares não entenderam o que poderia ter ocorrido, apesar de amigos se recusarem a falar sobre o caso por medo. Na época, uma testemunha disse ao Jornal Midiamax que Ailton era uma pessoa do bem e que todos o conheciam na região. Com medo, moradores do bairro se recusaram a falar sobre o que ocorreu. “Não sabemos o que pode ter acontecido, todo mundo gostava dele aqui”, comentou.

A mãe de Aitlton disse que ele era uma boa pessoa. Ela disse não entender o que ocorreu com o filho que, segundo ela, era uma pessoa de família, não bebia e não era usuário de drogas. “Está nas mãos de Deus”, disse ela, que revelou ser o segundo filho que enterrava. “Um filho meu morreu, aos 8 anos, afogado”, disse.  

Desaparecimento

Conforme as informações do registro, feito pela mãe de Ailton, ele morava na comunidade Só Por Deus, no Jardim Centro Oeste. Na madrugada do dia 10 de agosto, por volta das 4 horas, ela recebeu uma ligação da nora, dizendo que Ailton foi levado de casa por homens que diziam ser policiais.

Os suspeitos estavam armados com submetralhadoras e usavam coletes, além de máscaras cobrindo o rosto. Conforme a testemunha, eram três homens que estavam em um carro prata, sendo que um deles permaneceu no veículo, enquanto outros dois foram até a porta da residência da vítima.

O trio teria dito que Ailton foi “preso por tráfico de drogas”, levando ele. O caso foi registrado inicialmente como desaparecimento de pessoa, na 5ª Delegacia de Polícia Civil. Já na tarde do dia seguinte, 11 de agosto, um popular que passava pela estrada vicinal CG-315, na região sul da cidade, encontrou o corpo da vítima em um matagal.