Foi julgado na tarde desta segunda-feira (8) o 3º sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) Rogério Luis Phelippe. Ele é réu no âmbito da Operação Omertà e foi preso na terceira fase, em 18 de junho de 2020, com pelo menos outras 15 pessoas.

O julgamento, pelo Conselho Permanente de Justiça, condenou por unanimidade o policial militar a 10 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado, com perda do cargo. Atualmente, o militar ocupa a patente de 3º sargento, com ganho de R$ 6.216,14, conforme o Portal da Transparência.

Denúncia

Conforme a do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o sargento tinha participação direta e ativa na organização investigada na Omertà. Ele seria responsável pela segurança dos investigados e fazia outros serviços como transporte de dinheiro e armas.

Para isso, ele recebia propina. Além desses serviços, o militar teria utilizado da profissão para acessar banco de dados de acesso restrito, violando o sigilo funcional. Nas investigações, foi apurado que ele chegou a utilizar o celular para pesquisar o nome de promotores do Gaeco, isso enquanto estaria perto do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros).

Também foi identificado que o militar prestava segurança ao grupo criminoso em troca de dinheiro e que chegava a publicar nas fotos ‘ostentando' o ganho ilícito.

Omertà

A Operação Omertà teve a primeira fase deflagrada em setembro de 2019, para desarticular organização criminosa ligada a execuções em . A ação foi desencadeada pelo Garras e Gaeco, com apoio de outras forças policiais no cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão.

Rogério foi preso na terceira fase, acusado de utilizar da profissão para ajudar a organização criminosa. A Omertà teve ao todo seis fases, sendo a última delas a Arca de Noé, que atingiu o jogo do bicho. Além disso, na última ação em dezembro de 2020 foi feito o fechamento do Pantanal Cap.