Weslley Neres dos Santos, 35 anos, conhecido como “Bebezão”, considerado o novo chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), no , preso durante “assembleia” da facção no início da noite desta terça feira (23) na divisa com , no Mato Grosso do Sul, tinha trânsito livre na fronteira. Com documentos falsos ele se passava como estudante de medicina de Pedro Juan Caballlero e também de Ciudad del Este.

Nos crachás apreendidos pela operação conjunta da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e PF (), “Bebezão” aparece como matriculado no primeiro ano de uma universidade paraguaia. O traficante se apresentava com registros diferentes, nos cursos de medicina oferecidos nas filiais de Pedro Juan Caballero e Ciudad de Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.

Além de “Bebezão”, durante a Operação Fronteira Segura II, com o objetivo de desarticular o PCC no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo na região de fronteira, foram presas mais 13 pessoas. Entre os membros da organização criminosa estão 6 brasileiros e 7 paraguaios.

Ainda segundo a PF, durante as investigações descobriu-se que apesar de terem sofrido perdas significativas, em razão da deflagração da Operação Exílio, a facção criminosa estava se reestruturando.

Extensas fichas criminais

“Bebezão”, por exemplo, é apontado como um dos líderes da facção criminosa e possui mandado de desde 06/02/2021 em consequência de investigações sobre tráfico de armas e drogas no âmbito da Operação Empossados, um desdobramento da Operação Exílio.

De acordo com informações da Senad, os brasileiros presos são: Weslley Neres dos Santos,  Bruno César Pereira,  Alfredo Giménez Lorrea, Bruno Rafael Porto de Oliveira,  Maxlese Rodrigues e Wilian Meira.

Já os paraguaios foram identificados como Yoni Gómez Giménez, Benigno Jara Álvarez, Jonathan Rodrigo Ramírez Alvarez, Nelson Gustavo Amarilla Elizeche, Pedro Pablo Gauto,  Rodrigo Ariel Acosta, Sergio Gómez Giménez e Vicente Silva Cristaldo.

Preso em assembleia do PCC na fronteira de MS se passava por estudante de medicina
Grupo comando por brasileiro foi preso em operação conjunta.(Foto: Senad)

Ainda segundo informações da Secretaria Nacional Antidrogas, os 14 presos na Operação Fronteira Segura II têm extensas fichas criminais que vão desde assalto a bancos, tráfico de drogas e de armas a crimes de pistolagem.

Com eles, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a Polícia Federal apreenderam veículos, fuzis, carregadores, coletes à prova de balas e dinheiro. Um forte aparato policial foi realizado para as prisões.