Para não pagar acerto, fazendeiro inventa que capataz furtou gado e acaba indiciado

Ele responderá pela denunciação caluniosa

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Caso foi investigado pelo SIG de Aquidauana
Caso foi investigado pelo SIG de Aquidauana

Pecuarista, de 55 anos, responderá por denunciação caluniosa, por ter registrado falso crime de furto de gado em Aquidauana, a 139 quilômetros de Campo Grande. Ele mentiu para incriminar o capataz da fazenda, para demitir o funcionário por justa causa, sem ter que arcar com encargos trabalhistas.

Segundo a Polícia Civil, o fazendeiro procurou a delegacia no dia 20 de setembro, alegando que foi vítima de abigeato — furto de gado. Ele disse aos policiais que o capataz abateu um dos bovinos, dividiu o animal em partes e furtou do local, sem autorização.

Além disso, disse que o crime foi filmado por outro funcionário da fazenda. Equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Aquidauana iniciou as diligências e intimou o capataz para prestar esclarecimentos. Ele comprovou, por meio de conversas de WhatsApp arquivadas, que o próprio fazendeiro tinha determinado o abate do bovino.

Acusado injustamente, o funcionário explicou que trabalhava sem vínculo empregatício formal e que tinha sido demitido por justa causa recentemente. O pecuarista foi chamado para novos esclarecimentos e tentou manter a versão inicial, mas após os policiais contarem que descobriram da falsa comunicação de crime, ele ficou em silêncio.

Os investigadores concluíram que o registro do vídeo do abate foi feito justamente para incriminar o capataz. Com isso, o fazendeiro responderá por denunciação caluniosa, crime que pode resultar em pena de 2 a 8 anos de reclusão e multa.

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