Operação Balada: dois mandados são cumpridos em MS e 115 veículos apreendidos

Ao todo, foram 95 prisões e R$ 850 mil em espécie recuperados

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A Polícia Federal já cumpriu dois mandados, um de busca e apreensão e um de prisão, em Mato Grosso do Sul durante a Operação Balada, deflagrada nesta terça-feira (5), até às 12h. Em todo o país foram 115 carros apreendidos e R$ 850 mil em espécie contra organização criminosa especializada no tráfico de drogas, armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. O grupo é acusado de movimentar mais de R$ 2 bilhões em apenas dois meses.

Além disso, foram realizadas cinco prisões em flagrante por armas e drogas, e ao todo 95 prisões efetivadas. Equipes da PF continuam nas ruas de 10 estados: Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo — 101 equipes da PF já retornaram após o cumprimento dos mandados.

Contra tráfico de drogas

São cumpridos 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia.

A organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante emprego de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.

Segundo as investigações, o armamento adquirido pelo grupo criminoso saía de Mato Grosso do Sul e era transportado para Uberlândia, e depois tinha como destino grupos da região do Triângulo Mineiro, especializados no tráfico de drogas e roubos a banco, bem como a uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro.

Durante as investigações, foram apreendidos um carregamento de oito fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia. Os investigados utilizavam veículos especialmente preparados para o transporte das armas, com emprego de batedores durante os seus deslocamentos.

Para despistar a origem do patrimônio, o grupo utilizava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo. Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis. Participam da operação cerca de 850 policiais federais.

Nome da operação

A operação foi batizada de ‘Balada’ pelo fato dos investigados ostentarem em redes sociais a organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos.

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