Foi concedida a prisão domiciliar nesta segunda-feira (17) para o namorado de 19 anos de Mariana Vitória Lima, também de 19 anos, que morreu em um acidente neste fim de semana quando estava em cima do capô do carro que era conduzido pelo rapaz na Via Park. No acidente, o carro chegou a passar por cima da jovem.

Segundo o advogado de defesa, Marlon Ricardo, o rapaz deverá usar tornozeleira eletrônica e ficará em prisão domiciliar. A Justiça acatou os argumentos da defesa de que Rafael Souza tem bons antecedentes criminais, como também residência fixa e trabalho.

Na peça de defesa, o advogado Marlon Ricardo afirma que este tipo de ‘brincadeira’ é comum entre os jovens, e que o rapaz teria bons antecedentes criminais, como também residência fixa e trabalho não justificando a sua prisão.

Em um dos trechos o advogado diz, “Apesar de ter sido imensamente noticiado na mídia que a vítima teria tentado impedir Rafael de dirigir pois ele estava sob o efeito de álcool e, para tanto, teria se segurado no capô do veículo, ninguém sabe de onde saiu essa versão, nem mesmo, a autoridade policial”.

Em continuidade fala, “Conforme pode ser visto no depoimento dos condutores, o que Rafael disse logo após o acidente, ainda em choque pela consequência nefasta de uma brincadeira de namorados, foi que a vítima estava dirigindo e, depois, eles trocaram e ela se pôs no capô”.

“O que ocorreu, e não é negado pelo depoimento dos condutores é que houve uma brincadeira, infeliz brincadeira onde o casal de namorados trocava de posição. Em um momento, Rafael se põe no capô e a vítima dirige. Em outro, eles trocam. Infelizmente, tal brincadeira inconsequente, acabou resultando na morte da vítima”.

Mais imagens

A Polícia Civil analisa mais 10 imagens de câmeras de segurança para confrontar no depoimento do namorado de 19 anos, Mariana Vitória Lima que acabou morrendo atropelada por ele, na madrugada de sábado (15), na Via Park.

Segundo a delegada Joilce Ramos, com estas novas imagens será possível ver se houve ou não a troca de volante como foi dita pelo rapaz em um primeiro depoimento ainda na especializada no dia do acidente, quando relatou que o casal estava ‘brincando’ de subir no capô do veículo Etios que era de Mariana.

O acidente

O casal estava junto há quatro meses. Eles foram à festa de um primo do jovem de carona. Após o evento, se dirigiram para a casa da vítima e saíram em um Toyota Etios para lanchar.

Como o estabelecimento estava fechado, eles decidiram ir para o apartamento do rapaz, no bairro Mata do Jacinto. O condutor deu duas versões diferentes sobre a colisão.

Na primeira, a jovem subiu no capô durante uma brincadeira. Na outra, ela tomou essa atitude para evitar que o rapaz dirigisse, por estar embriagado. À PMMS (Polícia Militar), ele declarou que os dois beberam vodca com energético na festa do amigo.

Em continuidade ao relato, o rapaz afirmou que estava na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, sentido Via Park, quando perdeu o controle do carro em uma curva.

E neste momento bateu o carro em uma árvore e depois de um poste parando cerca de 30 metros à frente. Ele ainda revelou que após o acidente, pegou a namorada, que estava desacordada, nos braços e a colocou no asfalto. O jovem diz que passou a acenar para motoristas que passavam no local pedindo por socorro.

Em seguida apareceu um carro de cor preta, e o condutor acionou o socorro. Mariana teve múltiplas fraturas, uma delas no pescoço e havia marcas de pneu na barriga do jovem. O primeiro registro na delegacia o autuou por feminicídio e embriaguez ao volante, já que o resultado do teste do bafômetro acusou 0,89 mg/l.