, de 79 anos, réu na Operação Omertà que se entregou à polícia nesta segunda-feira (19) e segue preso na sede do (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), terá que ser submetido  a perícia médica em até cinco dias.
A decisão foi acertada em audiência de custódia por videocoferência nesta terça-feira (20) com o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. 

 

O advogado de defesa, Gustavo Badaró, afirma que pediu a imediata substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, para que posteriormente Fahd fosse submetido a perícia oficial para constatar o seu estado de saúde. O magistrado então solicitou a perícia médica urgente para que seja relatado quais problemas de saúde Fahd realmente apresenta.

“Já o (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) pediu o oposto, que primeiro se realize a perícia oficial, para depois verificar se o estado de saúde do Sr. Fahd era grave e o impossibilitava de ficar em estabelecimento prisional comum”, diz o advogado.

O juiz então indeferiu o pedido, acolhendo a posição do Ministério Público e determinou que as partes apresentem quesitos para serem respondidos pelo perito até quinta-feia (22). Depois, acolheu pedido da defesa e determinou  que a perícia seja realizada em cinco dias. Se, nesse prazo, não for realizada a perícia, o pedido de prisão domiciliar poderá ser reapreciado pelo juiz. 

Ameaças

Em carta, Fahd Jamil diz que sofre perseguição de criminosos. Segundo a polícia, as ameaças seriam por parte do PCC (Primeiro Comando da Capital). Assim, por questão de segurança até mesmo dos policiais, o exame de corpo de delito normalmente feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) foram realizados no Garras.

Foragido

 

Fahd já havia sido preso pela Polícia Federal em meados dos anos 80. Depois, foi condenado já Justiça Federal por tráfico de drogas, mas a prisão foi revogada e a sentença anulada. Em 2020, ele foi denunciado no âmbito da Omertà por vários crimes e ficou foragido, até que entrou em contato com o advogado e decidiu se entregar nesta segunda-feira, no Aeroporto Santa Maria.

Após chegar em Campo Grande, Fahd foi escoltado por várias viaturas do Garras até a sede da delegacia, onde deve permanecer. A defesa não informou e disse não saber onde ele estava até o momento. Já o filho de Fahd, Flavinho, que também é considerado foragido, não teria manifestado ainda interesse em se entregar.