O vereador Diogo Castilho (DEM), de Dourados a 225 quilômetros de Campo Grande foi levado para a PED (Presídio Estadual de Dourados), ainda no fim de semana após ter seu pedido de habeas corpus negado pela juíza Rosângela Alves de Lima Fávero.

O advogado de defesa Renan Pompeu disse ao Jornal Midiamax que irá entrar com novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça ainda nesta segunda-feira (6) alegando residência fixa, sem antecedentes criminais e emprego fixo e lícito. No pedido, o advogado vai pedir a substituição da prisão por medidas cautelares.

Ao decretar a prisão preventiva do parlamentar, a magistrada relatou que não há nos autos indicativo de que o vereador tenha outra residência para morar, além da que vive com a vítima. Uma vez que ele não poderá voltar a viver com ela, resta necessária conversão da prisão em preventiva. Foi reconhecida ainda necessidade de garantia da ordem pública, uma vez que a vítima alegou já ter sido agredida em outras oportunidades.

Ou seja, acabou demonstrado que a noiva vivia um relacionamento abusivo e isso aponta que, em liberdade, o vereador pode voltar a procurar a mulher e muito possivelmente prosseguir no comportamento de violência, podendo até resultar em crimes de maior gravidade. Para a juíza, também não parece adequada conversão do flagrante em medidas cautelares.

Agressões e prisão

O vereador foi preso no sábado (4), depois de agredir a noiva. De acordo com a Polícia Militar, o casal teve uma discussão, quando Diogo segurou a mulher pelos braços e a jogou na cama, a xingando. Ele começou a chacoalhar a vítima e ainda tentou esganar a mulher com as mãos e também asfixiar com um travesseiro. A noiva, então, teria dito que denunciaria o suspeito.

Com isso, o vereador então ameaçou “Se você me denunciar eu te mato”, “Você vai acabar com minha carreira política se fizer isso, eu mato você e toda a sua família”, conforme relato da vítima. Ele foi detido em flagrante e a mulher solicitou medida protetiva de urgência. Segundo a polícia, o estado físico e emocional da vítima comprovavam a violência.

O filho do vereador estava na casa no momento das agressões, mas segundo a vítima não presenciou o fato. O pai teria dito para ele atender a porta quando os policiais militares chegaram e dizer que “estava tudo bem”, que tinha acontecido apenas uma briga de casal.

Conforme o advogado Renan, o cliente nega com veemência os fatos. O caso foi registrado como ameaça, injúria e vias de fato, qualificados por violência doméstica.