Nesta terça-feira (9), funcionárias de uma loja de cosméticos de procuraram a polícia e relataram caso de calúnia. Elas foram denunciadas no início do mês, por suspeita de desviarem aproximadamente R$ 100 mil do estabelecimento comercial no período de 8 meses. Ainda nesta terça-feira, a empresária também esteve na delegacia, apresentando novas provas.

Segundo relato das funcionárias, que procuraram a 3ª Delegacia de Polícia Civil acompanhadas de advogado, os proprietários da loja a estariam caluniando. Elas alegam que estão sendo acusadas indevidamente de terem cometido furto na empresa e que a denúncia é inverídica. Elas se comprometeram a apresentarem provas documentais e o caso foi registrado como calúnia e denunciação caluniosa.

Também nesta terça-feira, a dona do , vítima no caso do desvio de dinheiro, esteve na mesma delegacia prestando depoimento sobre o caso. Conforme o delegado Ricardo Meirelles, que está à frente das investigações, a vítima foi ouvida e apresentou novas provas sobre os fatos. A investigação segue, visando esclarecer os fatos “com seriedade e isenção”, pontuou.

A denúncia

De acordo com a dona da empresa, os desvios começaram em junho de 2020 e aconteciam da seguinte forma: a cabeça da – funcionária do administrativo – fazia a venda de produtos para clientes. Depois, ela apagava os rastros da venda para a empresa, mas mantinha a negociação para o cliente.

Para que a venda não fosse questionada, já que o boleto não conseguiria ser pago, a funcionária entrava em contato com o cliente afirmando que a conta jurídica da empresa estava com problemas, e passava uma nova conta para o cliente fazer a transação bancária.

Esta conta seria da funcionária. Outras vezes eles chegaram a usar conta de um dos filhos para o recebimento dos valores, que segundo a dona da empresa chegam a R$ 100 mil. Em um único dia, cerca de 49 títulos foram desviados, totalizando R$ 16,3 mil da venda ‘fantasma' de produtos para os clientes.

Vida de luxo

Segundo a proprietária da empresa, o dinheiro desviado pelos funcionários teria sido usado na compra de celulares, , cachorros de raça com valores cada um de R$ 6 mil, além de aluguel de carros de luxo, festas e cabeleireiro.

Os golpistas ainda teriam conseguido acesso a todo o sistema operacional da empresa conseguindo apagar rastros dos desvios. Alguns clientes, desconfiados da nova forma de atuar da empresa, teriam entrado em contato com a proprietária enviando prints de conversas, e aí o golpe foi descoberto.

Umas das funcionárias, apontadas como comparsa nos desvios de dinheiro, chegou a prestar esclarecimento na delegacia confessando os desvios e dizendo que teria cometido o crime para ajuda de custo de outras duas pessoas e por que ganhava muito pouco na empresa. O caso ainda está em investigação.