Os dois homens de 20 e 33 anos, presos por envolvimento na morte de Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, tiveram a prisão preventiva decretada e foram encaminhados para o PED (Presídio Estadual de ). Entre os presos está Elinho Arévalo, tio da menina, acusado de estuprar a criança que vivia com ele desde os 5 anos.

Já os adolescentes envolvidos no crime, que aconteceu em Dourados, município a 225 quilômetros de Campo Grande, foram transferidos para a (Unidade Educacional de Internação) Laranja Doce. Conforme o Dourados News, eles têm 13, 14 e 16 anos.

Relembre o caso

A criança não morava com a mãe e o tio estava dormindo, bêbado, quando Raíssa foi arrastada pelos adolescentes, por volta das 22 horas de domingo (8). Até o horário que moradores na Aldeia Bororó encontraram o corpo de Raíssa, caído de um paredão de 20 metros, passaram-se cerca de oito horas.

Conforme a Polícia Civil, o tio foi procurar Raíssa porque ela não estava em casa. Dois dos três adolescentes apreendidos levaram a menina de casa, a força. “Ao que se sabe ela estava gritando e pedindo ajuda. O tio chegou ao local quando tudo já estava ocorrendo”, afirmou o delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados.

Além do tio e dos adolescentes, Leandro Pinosa, de 20 anos, foi preso. O tio que já abusava da menina desde os 5 anos dela, flagrou o momento em que os quatro acusados do crime estupravam a menina. Ele acabou participando da sessão de estupro contra a sobrinha que havia sido arrastada para o local pelos autores, que planejaram o crime de estupro.

Ainda de acordo com o delegado, os acusados embebedaram a criança para continuar a cometer os abusos. Quando ela recobrou a consciência e tentou se desvencilhar dos autores, foi arrastada para a beirada da pedreira, quebrando os braços em uma tentativa de se defender, mas acabou jogada viva de uma altura de 20 metros.

Quando o tio foi questionado sobre os motivos que o levaram a cometer o crime, ele disse que estava bêbado. O laudo do exame feito na vítima constatou o estupro. O corpo de Raíssa, indígena da etnia Kaiowá, foi encontrado dilacerado com a queda do paredão, entre as aldeias Bororó e Jaguapiru. O local é costumeiramente utilizado pelos indígenas de duas aldeias para consumo de bebidas alcoólicas e até uso de drogas.