Diretora é denunciada por maus-tratos e ofensas a idosos em asilo de Campo Grande e Justiça determina afastamento
Enfermeiro que trabalhou no local disse que dirigente aterrorizava os idosos
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A diretora de uma casa de idosos em Campo Grande acabou denunciada por maus-tratos ocorridos no local, onde estão abrigados 18 idosos. Um pedido do MPMS (Ministério Público Estadual) foi feito pelo afastamento da servidora. Um enfermeiro que trabalhou no local por mais de sete anos confirmou todos os maus-tratos cometidos pela dirigente da instituição.
O pedido de afastamento imediato da dirigente do local foi protocolado pelo MPMS, no dia 19 deste mês e assinado pela juíza de direito, Katy Braun do Prado, onde foi determinada até força policial e arrombamento, se necessário for para que a dirigente não tenha mais contato com os idosos. Ele deve manter uma distância de 300 metros das vítimas.
Em caso de a dirigente manter qualquer tipo de contato com as vítimas, está sob pena de desobediência e prisão. Segundo a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), não houve a notificação feita por parte da justiça à secretaria sobre o caso.
Consta na denúncia que gravações apontam abusos concretos contra dois idosos do local, sendo que uma das idosas possui demência e transtorno bipolar afetivo, e seria um dos alvos da servidora, que discriminaria os idosos com doenças psiquiátricas e em processo demencial.
O pedido de medida de proteção feita pelo MP acabou se estendendo a todos os idosos que residem no asilo. Ainda foi determinada a apreensão de todos os aparelhos de circuito interno e as filmagens existentes para averiguar eventuais outras condutas de violação dos direitos dos idosos.
De acordo com o documento, os idosos eram submetidos a tratamentos vexatórios, constrangedores e desumanos. Ainda segundo a denúncia, existem indícios fortes de que a dirigente negava atendimento médico necessário aos idosos com demência na tentativa de ‘livrar’ a instituição dos idosos que necessitavam de mais cuidados.
Em junho deste ano, familiares da idosa — vítima de maus-tratos na instituição — passaram a serem pressionados para que a mulher fosse retirada do asilo, após um surto e ter de ser encaminhada para o Caps.
A família da idosa, inclusive, teria recebido mensagens fazendo pressão para que a vítima fosse retirada da instituição, afirmando que a idosa não tinha contrato com a instituição. Um enfermeiro que trabalhou no local por sete anos, ainda quando a instituição tinha outro nome, confirmou os maus-tratos cometidos pela dirigente contra os idosos no local.
Ele disse que a dirigente não tinha tato e aptidão para lidar com idosos, sobretudo os que tinham patologia de ordem mental ou neurológica e praticava atos que os amedrontavam. Os episódios não eram casos isolados.
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