‘Covardia’: Mãe de paciente estuprada no HRMS diz que pode haver mais vítimas
Acadêmica de direito de 56 anos, mãe da paciente estuprada no Hospital Regional (HRMS) de Campo Grande, disse que o crime cometido contra a filha foi um ato covarde. Além disso, afirmou que depois que o caso veio à tona, passou a receber mensagens anônimas que indicam a possibilidade de haver mais vítimas. Na tarde […]
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Acadêmica de direito de 56 anos, mãe da paciente estuprada no Hospital Regional (HRMS) de Campo Grande, disse que o crime cometido contra a filha foi um ato covarde. Além disso, afirmou que depois que o caso veio à tona, passou a receber mensagens anônimas que indicam a possibilidade de haver mais vítimas. Na tarde desta quarta-feira (10), as duas estiveram na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) para prestar depoimento.
À imprensa, a mãe disse vivenciar sensação de impotência diante da incapacidade de não poder ter feito nada para impedir o crime, tendo em vista que a filha estava em uma unidade de saúde para ser amparada. Em tese, deveria estar protegida. “Eu não culpo a polícia, não culpo profissionais sérios. Porque assim como existe enfermeiros corretos, existem incorretos. Não é justo que profissionais sérios, sejam vinculados a tamanha monstruosidade de um ato como esse, tão covarde”, disse.
A mulher relatou também que pode haver mais vítimas e que, caso alguém tenha sido violentada da mesma forma, que denuncie. “Eu acredito que haja mais vítimas, porque a gente começou a receber várias mensagens anônimas de que deveríamos levar a denúncia adiante. Não sei se minha filha foi a primeira ou a segunda a ser abusada, mas espero que seja a última e que a justiça seja feita”, concluiu a mãe antes de depor.
De acordo com a delegada Maíra Machado, responsável pelo inquérito junto à Deam, o crime ocorreu na madrugada do último dia 4. O suspeito, que seria um funcionário do local, teria passado um óleo pelo corpo da vítima, sob a justificativa de que melhoraria a respiração dela e evitaria lesões. Porém, logo após passar pelas costas, ele começou a tocar as partes íntimas da paciente que, mesmo sem muitas forças, conseguiu se debater e afastá-lo.
“Solicitamos o laudo [para averiguar a necessidade do uso deste óleo]. Ele se utilizou da desculpa pra passar um óleo, alegando que evitaria uma lesão e para melhorar a respiração. Após passar as costas ele passou no meio das pernas [da paciente]. Ela se debateu e ele correu pra porta”, disse Maíra.
O caso foi denunciado como estupro de vulnerável. A delegada afirmou que já ouviu cinco pessoas do hospital, dentre as quais quatro enfermeiras e uma responsável técnica pela enfermagem. Os depoimentos levaram a dois suspeitos que devem ser intimidados o quanto antes. “Eles serão interrogados e, conforme apurado, o responsável vai ser indiciado”, explicou. Na ala não há câmeras de segurança que tenham registrado a ação.
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