Condenado piloto que fingiu sequestro e levou homens do PCC à fazenda de primo de Marcola
Ele fez pousos no Paraguai e Bolívia
Arquivo –
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Foi condenado o piloto Edmur Guimara Bernardes, 80 anos, e também o comparsa Adevailson Ribeiro, de 49 anos, pelo furto de uma aeronave em junho de 2019. Na ocasião, eles simularam o sequestro do piloto com o avião, para levarem homens que seriam do PCC (Primeiro Comando da Capital) até a fazenda de um primo do líder da facção, Marcola.
O fato aconteceu em 18 de junho de 2019, no Aeroporto Municipal de Paranaíba, cidade distante 407 quilômetros de Campo Grande. Na época, a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) foi responsável pela investigação do caso. Foi feita comunicação de sequestro e roubo de uma aeronave naquele dia.
A princípio, a denúncia era que homens armados foram até a casa de Edmur, o renderam e foram ao hangar. Lá, renderam um servidor do aeroporto e levantaram voo em direção ao Paraguai. Depois, supostamente, Edmur teria sido obrigado a pilotar até a Bolívia e de lá escapou com o avião, pousando no Mato Grosso.
Em território brasileiro, ele chegou a procurar a Polícia Federal, prestou depoimento e foi liberado. Após aproximadamente um ano de investigação, todo plano do grupo criminoso foi identificado e a denúncia oferecida em setembro de 2020.
Falso sequestro do PCC
Segundo apurado pela polícia, Edmur e Adevailson agiram contratados pelo PCC para levarem membros da facção criminosa até uma fazenda, que seria pertencente a um primo de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola do PCC. A princípio, os integrantes arquitetaram o crime para simularem o sequestro.
Edmur foi buscado em casa por homens com armas de fogo e a partir daí foi executado o plano. Ele seguiu na aeronave com Adevailson e mais uma pessoa, não identificada, até o Paraguai. Lá, o avião foi escondido em um matagal e abastecido. Depois, seguiram com mais um integrante até a Bolívia, para a fazenda do homem que seria primo de Marcola.
Em San Rafael, na Bolívia, Edmur recebeu o pagamento em dólares e pilotou até Mato Grosso. Durante todo o trajeto ele manteve o transponder desligado, evitando comunicação e localização da aeronave, o que é considerado crime. Após a descoberta de que o caso foi forjado, os suspeitos foram presos.
Condenação
A sentença é assinada pela juíza Nária Cassiana Silva Barros, da Vara Criminal de Paranaíba. O funcionário do aeroporto, que chegou a ser denunciado por participar dos crimes, acabou absolvido, por falta de provas. Já Adevailson foi condenado por furto qualificado a 3 anos, 6 meses e pagamento de 98 dias-multa.
Edmur foi condenado por comunicação falsa de crime, atentado contra a segurança de transporte aéreo e furto qualificado. Ao todo, ele cumprirá 4 anos, 10 meses e 22 dias de reclusão, mais 1 mês, 10 dias de detenção e 101 dias-multa. Os dois réus cumprirão pena em regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade.
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