Após conceder prisão domiciliar para traficante no Paraguai, juíza recua e pede demissão

‘Chapalo’ chefiava uma estrutura de traficantes que atuava em Alto Paraná, Paraguarí e Caaguazú

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Narcotraficante
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A juíza paraguaia Ninfa Torres de Ramos é protagonista de uma situação inusitada. Após conceder prisão domiciliar ao narcotraficante Víctor Brítez Aranda, vulgo ‘Chapalo’, condenado a 29 anos de prisão, recuou da decisão e ainda pediu demissão do cargo.

No despacho da magistrada Ninfa, o narcotraficante Brítez Aranda foi favorecido com prisão domiciliar por três meses. Após ser duramente criticada por agentes de operação do direito no Paraguai e também pelos próprios colegas, ela acabou revogando a decisão.

Brítez foi preso na Operação Valentim, em abril de 2014, em sua luxuosa residência no Paraná Country Club, em Ciudade del Leste, na fronteira com o Brasil. No procedimento antidrogas, foram apreendidos 309 quilos de cocaína.

De acordo com provas obtidas pelas forças policiais paraguaias, como a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), ‘Chapalo’ chefiava uma estrutura de traficantes que atuava em Alto Paraná, Paraguarí e Caaguazú para transportar carregamentos de cloridrato de cocaína e pasta base da Bolívia para venda no Brasil.

Investigado desde 2004 por enviar ‘mulas’ para a África, ao ser flagrado com a carga de cocaína que caiu na operação em 2014, ele foi condenado a 26 anos de prisão. Além disso, ‘Chapalo’ foi processado e condenado a mais três anos de prisão por lavagem de dinheiro no ano passado.

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