Durante seu depoimento no julgamento desta quinta-feira (11), em , Pâmela Ortiz chegou a contestar a qualificadora de ocultação de cadáver da de 79 anos, Dirce Santoro Guimarães afirmando que teria deixado o corpo amostra para que ele fosse encontrado.

“Como que é ocultação de cadáver se eu deixei o corpo a mostra pra que alguém pudesse ver?”, disse Pâmela ao juiz e jurados no plenário. Ela inda falou que teve um surto depois do assassinato e não se lembra de todos os fatos, tendo algumas lembranças. Mas, disse se lembra que a idosa teria ‘grudado’ no seu cabelo e nesse momento teria batido a cabeça de Dirce contra o chão cometendo o crime.

Ela ainda falou que a idosa teria lhe dado bofetadas nas costas enquanto as duas estavam dentro do carro gritando que levaria todos para a polícia. Nesse momento Pâmela teria parado o carro e as duas começado a discutir e em seguida o crime aconteceu.

Já sobre as compras feitas no cartão da idosa, Pâmela disse que uma delas, tinta, seria para pintar a casa de Dirce já que ela estava reclamando do cheiro do mofo e para o salão dela, mas que a idosa sabia da compra. Já um lanche comprado, a ré afirmou que neste dia estava na companhia de Dirce.

Após o assassinato, Pâmela ligou para um investigador da Derf com quem havia mantido um relacionamento amoroso e depois foi para um , jogando a bolsa de Dirce ao lado corpo não ficando com nenhum cartão da idosa.

A defesa vai tentar derrubar as qualificadoras afirmando que a motorista de aplicativo matou em legítima defesa. “Inicialmente a Pamela alega uma situação de legítima defesa e os jurados tem que avaliar se há elementos ou não para concordar com essa legítima defesa. Mas além disso a defesa técnica vai trabalhar com a questão da dosimetria da pena, pois entendemos que algumas qualificadoras estão de certo modo desmuniciadas de provas. Então é possível sim uma defesa que possa amenizar a situação jurídica dela”, disse o promotor.

Denúncia MP

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Pâmela e Dirce se conheceram em 2018 e ela era responsável por dirigir para a idosa, levando ela para fazer compras quando precisava. Naquele dia 23 de fevereiro, as duas teriam discutido, o que levou ao homicídio.

Pâmela teria batido com a cabeça da vítima no meio-fio e depois ocultou o corpo, que foi encontrado em um amontoado de lixo, atrás de uma fábrica de peças íntimas. Ela chegou a tentar liberdade algumas vezes, sendo o último pedido feito alegando riscos de contaminação pelo , mas não conseguiu e segue presa.