Acusado de matar a ex e esconder corpo dentro de sofá tem pena reduzida em 3 anos

Eduardo Dias Campos Neto, sentenciado pela morte de Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, conseguiu na Justiça a redução da pena em pouco mais de 3 anos. O crime aconteceu em 2007, quando Eduardo matou e escondeu o corpo da ex-namorada em um sofá. Só 12 anos após o crime ele foi a júri popular – […]

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Eduardo Dias Campos Neto, sentenciado pela morte de Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, conseguiu na Justiça a redução da pena em pouco mais de 3 anos. O crime aconteceu em 2007, quando Eduardo matou e escondeu o corpo da ex-namorada em um sofá. Só 12 anos após o crime ele foi a júri popular – após ficar foragido – e foi condenado.

Foi expedida guia de recolhimento definitiva nesta semana, após a defesa ter entrado com recurso. A decisão da turma de desembargadores da 3ª Câmara Criminal foi de extinguir punibilidade sobre o crime de ocultação de cadáver, reduzindo a pena final para 18 anos de reclusão.

Relembre o caso

Segundo a irmã mais velha de Aparecida, a vítima morava em Anhanduí com a família, mas foi morar em Campo Grande com um primo aos 14 anos, quando teria conhecido Eduardo. Eles começaram um relacionamento e foram morar juntos e aos 15 anos a vítima engravidou. O relacionamento foi marcado por brigas e agressões, segundo a irmã da jovem.

Ao júri, ela contou que Eduardo proibia a vítima de ir até a casa dos familiares e de manter contato com outras pessoas, bem como era proibida de trabalhar. A irmã da vítima relatou que em uma das vezes que a jovem passou o dia na casa dela, foi agredida pelo então namorado quando ele foi buscá-la no fim da tarde.

“Foi a primeira agressão que eu vi. Ele foi buscar ela e na frente da casa a puxou pelo cabelo e jogou em cima do carro”. Depois disso a família soube que Eduardo teria levado a menina até o Inferninho, onde fez ameaças de morte. Em outra ocasião a irmã lembra de ter visto a vítima com vários hematomas no braço por conta de agressões do namorado.

Crime anunciado

A irmã de Aparecida contou que o casal estava separado e que a vítima tinha voltado a morar com a mãe em Anhanduí. Naquele sábado, 3 de março de 2007, ele teria pedido que o filho fosse passar o fim de semana com ele, então a mãe da vítima levou a criança. Segundo a irmã, ele chegou a ligar para a vítima dizendo que a criança estava com febre, na tentativa de fazer ela ir até o apartamento dele.

Aparecida só foi ao apartamento de Eduardo no domingo, quando almoçou com ele e a criança. Ela foi embora e Eduardo teria procurado a ex-cunhada, dizendo que queria retomar o relacionamento com a vítima e pedindo ajuda. Ele teria dito “Se ela não for minha, não vai ser de mais ninguém. Eu mato ela”. Depois disso, a vítima retornou ao apartamento na segunda-feira de manhã, dia 6 de março, quando os dois discutiram e ela foi assassinada.

Familiares contaram que as ameaças já tinham acontecido outras vezes, mas que eles não acreditavam que Eduardo seria capaz de cometer tal crime. “Erramos por não termos denunciado”, disse uma prima de Aparecida.

Prisão

Eduardo fugiu para o Paraguai após o crime, onde permaneceu por 10 anos até ser preso. Lá constituiu família. Ele contou que trabalhava em uma fazenda e há 4 anos descobriu que estava com câncer no osso. Como precisou ir ao território brasileiro para exames, acabou reconhecido e preso em agosto de 2017, quando o processo foi retomado.

Detido há dois anos, ele aguardava o julgamento em prisão domiciliar, por conta do tratamento do câncer.

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