A Operação Cornucópia II, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15), com cumprimento de mandados em e , é desdobramento de homônima deflagrada em novembro de 2013, em conjunto com a 5ª Promotoria de Justiça de Corumbá.

Desta vez, de acordo com a PF, o inquérito policial (IPL) resultou na segunda fase da operação, cujo principal objetivo é o sequestro de bens para ressarcir o erário, bem como como investigar outros 101 servidores que foram cooptados pela organização criminosa para realizarem os consignados. Todos os servidores são indiciados na Cornucópia II.

Em Campo Grande, a PF apreendeu dois veículos em endereços residenciais, sendo um Ford Fusion e um Ford Ecosport. A Polícia Federal também cumpriu mandados em Corumbá.

Na ocasião, em 13 de novembro de 2013, a operação foi deflagrada a fim de combater uma de funcionários públicos municipais de Corumbá que fraudavam sistemas de controle de folha de pagamento, com a finalidade de liberar margem consignável para contratação de empréstimos. Uma vez liberados pelos bancos, os empréstimos eram sacados e repassados aos criminosos.

Em 2013, as investigações iniciais colheram indícios de que as fraudes contavam com mais de uma centena de servidores públicos, lotados no setor de Recursos Humanos da Prefeitura de Corumbá. A prática consistia, na maioria das vezes, na inserção de verbas indenizatórias indevidas em holerites, o que aumentava a margem para empréstimos consignados – após a liberação do dinheiro, o montante era repassado aos membros da quadrilha.

Ao todo, a Operação culminou no indiciamento de 27 pessoas, inclusive o ex-prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, e outros 26 . Os indiciados responderam por formação de quadrilha, peculato, passiva e falsidade ideológica (atualizado às 9h30 para acréscimo de informações).