Sobrinho vai a júri nesta sexta por matar tio agiota após cobranças

Nesta sexta-feira (23), Miguel Arcanjo Camilo Júnior vai a julgamento pelo homicídio do tio agiota Oswaldo Foglia, crime cometido no dia 16 de julho do ano passado, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O procedimento será realizado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, a partir das 8 horas. A vítima foi baleada enquanto […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Nesta sexta-feira (23), Miguel Arcanjo Camilo Júnior vai a julgamento pelo homicídio do tio agiota Oswaldo Foglia, crime cometido no dia 16 de julho do ano passado, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O procedimento será realizado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, a partir das 8 horas. A vítima foi baleada enquanto voltava para o carro após uma discussão com o sobrinho.

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, cobrança de dívida feita por Oswaldo, que teve os serviços contratados por político de uma cidade do interior no valor de R$ 150 mil, foi a motivação para o assassinato.  Miguel Arcanjo teria feito o intermédio entre o tio e a contratação por parte deste político, que teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta. No entanto, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a ele na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil. 

Porém, próximo dos cheques serem descontados Oswaldo teria ido até a conveniência exigindo o dinheiro, momento em que armado, após uma discussão, Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três acertaram o agiota que morreu no local. Por duas vezes, sua defesa informou que ele compareceria espontaneamente na delegacia, o que não ocorreu. Por este motivo, a autoridade policial requereu a decretação de prisão do suspeito. Ele foi capturado no dia 22 daquele mesmo mês.

Durante a instrução processual, o acusado alegou sofrer ameaças por parte do tio, tendo agido em legítima defesa sua e de sua família. No dia 23 de março, o juiz titular da 2ª Vara do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, pronunciou-o no crime de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

O agendamento da sessão de julgamento pelo júri, porém, teve que aguardar diretrizes que permitissem sua realização, tendo em vista a suspensão de diversas atividades do Judiciário em razão da pandemia de Covid-19. Por fim, em setembro deste ano, o julgamento foi marcado para o mês seguinte, mais especificamente, dia 23 de outubro.

Conteúdos relacionados