Preso há 11 anos, Jarvis Pavão comandava tráfico por bilhetes de penitenciária federal
A Operação deflagrada nesta quinta-feira (27) em Mato Grosso do Sul e mais cinco cidades do país é resultado de investigações da Polícia Federal contra Jarvis Pavão, narcotraficante que está preso desde 2009, mas que ainda comanda o tráfico internacional de drogas de dentro das penitenciárias federais por onde passou nestes 11 anos de encarceramento. […]
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A Operação deflagrada nesta quinta-feira (27) em Mato Grosso do Sul e mais cinco cidades do país é resultado de investigações da Polícia Federal contra Jarvis Pavão, narcotraficante que está preso desde 2009, mas que ainda comanda o tráfico internacional de drogas de dentro das penitenciárias federais por onde passou nestes 11 anos de encarceramento.
No ano passado, agentes federais de execução penal apreenderam, na cela de Pavão, na Penitenciária de Porto Velho, vários bilhetes escritos de próprio punho, o que foi posteriormente confirmado por perícia contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior. Ele continuava comandando o narcotráfico e ‘negócios’ da família de dentro da prisão.
Para facilitar as visitas na penitenciária federal, integrantes da família e membros da organização criminosa passaram a morra nos imóveis apontados nos bilhetes escritos por Pavão. A esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos do narcotraficante tiveram a prisão decretada.
Guerra para o controle do tráfico na fronteira
Após a execução Jorge Raffat em junho de 2016 há uma disputa na fronteira do Estado pelo controle do narcotráfico. Na tentativa de ‘minar’ o terreno para Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como ‘Minotauro’, que também havia entrado na disputa pelo narcotráfico na fronteira, Pavão se uniu a facção criminosas.
As facções criminosas PCC e CV (Comando Vermelho) se uniram na época ao também narcotraficante Jarvis Pavão para a execução de Raffat que foi assassinado com 16 tiros de fuzil e Mag antiaérea. Mas, após a morte de Raffat o grupo acabou brigando e terminando com a parceria.
Pavão
Pavão foi preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Ele cumpria pena de oito anos por crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas no Paraguai. No Brasil, ele foi condenado a cumprir pena de 17 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Operação Pavo Real
Para desmantelar uma quadrilha de lavagem de dinheiro vinda do tráfico de drogas, a Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (27), uma operação Pavo Real, com cumprimento de mandados em Mato Grosso do Sul e outros três estados brasileiros. São ao todo 88 mandados de prisão e busca e apreensão.
Foram cumpridos 21 mandados de prisão, sendo 16 preventivas e 05 temporárias, e 67 mandados de busca e apreensão, nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal em Rondônia, especializada em crimes praticados por organizações criminosas, contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Cinco pessoas investigadas tiveram as prisões convertidas em domiciliar.
Em Mato Grosso do Sul, os mandados estão sendo cumpridos nas cidades Ponta Porã com mandados de 4 prisões preventivas e 2 temporárias e em Campo Grande mandados de 2 prisões preventivas. Na fronteira de Ponta Porã com o Paraguai, os investigados se associaram para a perpetuação e controle do tráfico internacional de drogas em uma “guerra” contra facções e organizações rivais.
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