O juízo da Militar de absolveu, por falta de provas, cinco policiais militares acusados de agressão contra um homem durante atendimento de ocorrência de violência doméstica no município de Coxim, a 253 quilômetros da Capital. Depoimentos controversos de familiares da vítima e relatos de testemunhas, inclusive de um bombeiro, levaram o juiz Alexandro Antunes da Silva a crer que a denúncia era improcedente.

Consta nos autos do processo que os fatos teriam ocorrido entre os dias 22 e 23 de abril de 2018, em residência na Vila Bela. Os policiais teriam supostamente agredido o homem, causando lesões corporais leves. Na ocasião, a equipe foi acionada para ir à residência a pedido da mãe da vítima, que alegava que o filho estava alterado, agredindo verbalmente familiares e quebrando objetos da residência. A PM esteve no local por duas vezes.

No entanto, quando os policiais chegaram ao local, a situação já havia se acalmado e os próprios militares sequer chegaram a entrar na casa. No entanto, a vítima alega que no dia 22, a viatura chegou ao local e os PMs o empurram, deram chutes, tapas e chutaram a cabeça dele três vezes enquanto estava caído. No dia 23, após novo acionamento, os policiais teriam voltado à residência e agredido a vítima que dormia no sofá da sala.

Apesar das alegações, dois dias depois a vítima foi atendida por bombeiros e não relatou ter sido agredida e reclamava de algumas dores abdominais. Porém, os fatos relatados pelo homem, bem como pelo seu pai e outros familiares, não eram coerentes, diferente das versões apresentadas pelos policiais. “As alegações dos réus foram uníssonas desde a fase inquisitorial até a fase judicial, tendo estes sustentado firmemente que, em ambas as ocasiões, não foi necessário que descessem da viatura para realizar o atendimento”.
Por este motivo, o juiz procedeu pela absolvição.