Revólver apreendido na madrugada desta quinta-feira (17), ao lado do assaltante morto a tiros no Monte Castelo, pode ser do comerciante que reagiu ao roubo. O suspeito que morreu no local ainda não foi identificado e o possível autor dos disparos disse por meio do advogado que vai se apresentar à polícia.
Conforme a Polícia Civil, há suspeita de que a arma encontrada perto da mão do assaltante pertenceria ao comerciante, dono da lanchonete onde o fato ocorreu. Isso por conta das munições deflagradas, que batem com o número de tiros disparados contra o assaltante. Também pela marca do disparo encontrada em uma parede do comércio.
A princípio a suspeita é de que os bandidos tenham abordado o comerciante dentro ou próximo da camionete, uma S10. No veículo a polícia encontrou R$ 3 mil e material relacionado ao comércio de ouro. No mesmo dia, o comerciante já tinha procurado a polícia para relatar que foi vítima de furto.
Na ocasião, na manhã de quarta-feira (16), ele estacionou a camionete em um mercado atacadista e, quando voltou, percebeu a porta arrombada. Do veículo foram levados R$ 7 mil. Por isso há suspeita de que os bandidos sabiam que na S10 encontrariam dinheiro em espécie, mas os fatos ainda são investigados.
História distorcida
Também conforme a polícia, os fatos foram relatados de maneiras diferentes. Em um primeiro momento, a informação repassada foi a de que o bandido teria atirado contra a própria cabeça. Depois que o comparsa – que chegou com ele ao local em uma moto e fugiu após o comerciante reagir – seria quem teria atirado no ladrão, ainda não identificado.
No entanto, foi apurado no local que o empresário teria reagido ao assalto, descarregando o revólver contra o bandido, que teve ferimentos no braço, tórax e cabeça. Ele não permaneceu no local e alegou que foi socorrer a esposa, que o acompanhava e teria ficado em estado de choque.
O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil e é tratado como homicídio simples. O corpo do assaltante foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e passará por exame residuográfico de chumbo, para entender se foi o responsável por algum disparo.