A PF (Polícia Federal) divulgou fotos com possíveis disfarces do narcotraficante e líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), André do Rap, foragido desde outubro deste ano. As fotos fazem uma projeção de como ele estaria caso usasse óculos, barba e bigode curtos ou longos, boné e até com os cabelos cortados. Mato Grosso do Sul é o principal estado da rota de da facção, vindas do Paraguai.

Segundo informações do Portal CNN, o material foi elaborado pelo Instituto Nacional de Identificação, e conta com 11 imagens. Conforme apurado, o objetivo é criar hipotéticas aparências de André do Rap caso ele esteja utilizando acessórios ou até mesmo tenha feito procedimentos faciais durante os dois meses que está foragido.

Conforme as investigações até o momento, André do Rap teria fugido para a fronteira após conseguir habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio. Dois dias após, em 13 de outubro, os dados de André foram incluídos na lista internacional de procurados da Interpol. O narcotraficante seria um dos encarregados do PCC para pacificar a fronteira do Brasil com o Paraguai, por ser considerado uma liderança discreta e calma.

PF divulga possíveis disfarces de André do Rap, líder do PCC foragido
André do Rap está na lista de procurados da Interpol. (Foto: Reprodução)

Com a presença de André do Rap na região as gangues – incluindo o principal rival do PCC, o comando vermelho – que tentavam dominar a área cessaram os conflitos e se uniram, segundo fontes policiais que estão à procura do narcotraficante em Amambay. Ainda de acordo com a polícia desde 2019 e início deste ano, vários crimes e ataques foram registrados pelas gangues que tentavam assumir o controle do corredor de tráfico de drogas e armas.

Prisão

Preso desde 14 de setembro de 2019, André do Rap foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão, e é responsável pelo envio de toneladas de para a Europa nos últimos anos. Ele foi preso em sua mansão em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, e estava na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, onde geralmente ficam presos do PCC considerados de maior periculosidade.

Guerra controle do narcotráfico 

Após a execução Jorge Raffat em junho de 2016 há uma disputa na fronteira do Estado pelo controle do narcotráfico. Na tentativa de ‘minar' o terreno para Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como ‘Minotauro', que também havia entrado na disputa pelo narcotráfico na fronteira, Pavão se uniu a facção criminosas.

As facções criminosas PCC e CV (Comando Vermelho) se uniram na época ao também narcotraficante Jarvis Pavão para a execução de Raffat que foi assassinado com 16 tiros de fuzil e Mag antiaérea. Mas, após a morte de Raffat o grupo acabou brigando e terminando com a parceria.

Pavão foi preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Ele cumpria pena de oito anos por crimes de e porte ilegal de armas no Paraguai. No Brasil, ele foi condenado a cumprir pena de 17 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.