Operação da PF contra tráfico de cocaína bloqueia R$ 100 milhões e sequestra 12 aeronaves

A Operação Além-Mar, que acontece na manhã desta terça-feira (18), tem como foco grande esquema de tráfico internacional de cocaína. Com mandados cumpridos em Mato Grosso do Sul, são feitas apreensões de aeronaves, imóveis, veículos e o bloqueio de R$ 100 milhões. Conforme a Polícia Federal de Pernambuco, responsável pelas investigações e operação, além de […]

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A Operação Além-Mar, que acontece na manhã desta terça-feira (18), tem como foco grande esquema de tráfico internacional de cocaína. Com mandados cumpridos em Mato Grosso do Sul, são feitas apreensões de aeronaves, imóveis, veículos e o bloqueio de R$ 100 milhões.

Conforme a Polícia Federal de Pernambuco, responsável pelas investigações e operação, além de tráfico internacional de drogas, também foi investigado crime de lavagem de dinheiro. Assim, quatro organizações criminosas se juntavam para agir num grande esquema de tráfico de cocaína, que entrava no Brasil pelo Paraguai e seguia para outros países.

Também segundo divulgado pela PF, ao longo das investigações a suspeita é de que toneladas de cocaína tenham sido exportadas para a Europa por meio dos portos brasileiros. Assim, também foi apurado que o principal porto utilizado pela organização é o Porto de Natal (RN). É sabido que o porto de Santos (SP) é usado para o mesmo fim, porém comandado por facção criminosa.

Como agiam os criminosos

A primeira organização, estabelecida em São Paulo (SP), promovia o transporte da cocaína pela fronteira com o Paraguai. Assim o entorpecente chegava até a capital paulista por aeronaves. Então, era distribuída no atacado para outras organizações criminosas tanto no Brasil quanto na Europa.

Já a segunda tem base em Campinas (SP) e recebia a cocaína internalizada para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa. Enquanto isso, a terceira, estabelecida em Recife (PE), é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão. Estes eram cooptados organizavam a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos containers.

Por fim, a quarta organização, que fica na região do Braz em São Paulo (SP), atua como banco paralelo, disponibilizando uma rede de contas bancárias (de empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”). Com isso, era feita a movimentação de recursos de terceiros, de origem ilícita, ‘lavando’ o dinheiro do tráfico.

Prisões

Durante a fase sigilosa das investigações foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso. Dentre esses presos estava um traficante que permaneceu foragido da justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e pela NCA (National Crime Agency), do Reino Unido.

A Polícia Federal estima que mesmo em tempos de pandemia, o esquema criminoso não foi interrompido, tendo sido apreendidos entre os meses de março e julho mais de 1,5 tonelada de cocaína. Só nesta terça-feira são cumpridos 189 mandados, sendo 50 de prisão (20 preventivas e 30 temporárias) e 139 de busca e apreensão.

Assim, todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco e são cumpridos em 12 estados, mais Distrito Federal. São eles Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

Também foi determinado pela Justiça Federal o sequestro de 7 aviões, 5 helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis urbanos e também fazendas. Além disso também acontece o bloqueio judicial do valor de R$100.000.000,00.

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