Lama Asfáltica: Nova fase mira corrupção na emissão de CNH e bloqueia R$ 40 milhões

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (24) a Operação Motor de Lama, sétima fase da Lama Asfáltica. São cumpridos 19 mandados expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande. A ação apura suposta fraude em licitações de contratações de empresas para emissão de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), vistoria veicular e aquisição […]

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A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (24) a Operação Motor de Lama, sétima fase da Lama Asfáltica. São cumpridos 19 mandados expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande. A ação apura suposta fraude em licitações de contratações de empresas para emissão de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), vistoria veicular e aquisição fictícia de produtos, encabeçadas pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Há suspeita de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Segundo a Receita Federal, a nova fase é decorrente da análise de materiais apreendidos em etapas anteriores, fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas. São investigadas contas bancárias de ‘testas de ferro’ e evasão de divisas, por meio de uso de dólar-cabo para a remessa de valores – neste sistema, os recursos são transferidos de forma eletrônica para o exterior, por meio de uma rede de doleiros.

Estima-se que o esquema tenha causado prejuízo de R$ 400 milhões, considerando as sete fases da Lama Asfáltica. São 11 mandados de busca e apreensão, 4 medidas restritivas de liberdade e 4 mandados de sequestro e decretação de indisponibilidade de bens dos investigados.

Neta fase, foram bloqueados R$ 40 milhões e cumpridas ‘medidas cautelares diversas da prisão’ e também apreendidos passaportes dos investigados. Os mandados são cumpridos em Campo Grande e Dourados, com a participação de 46 agentes, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Receita Federal.

Participam do cumprimento dos mandados nove auditores-fiscais e cinco analistas-tributários da Receita Federal, além de 46 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União. O nome da operação se refere ao fato de as investigações concentrarem-se sobre os recursos públicos desviados em licitações relacionadas a vistorias em veículos automotores.

 

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