Justiça nega liberdade a executores de advogada do narcotraficante Pavão

A Justiça paraguaia negou a liberdade dos seis executores do narcotraficante Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’. A defesa havia entrado com pedido de habeas corpus, que foi indeferido mesmo após o juiz criminal Manoel Marcos ter ordenado, no dia 10 deste mês a libertação dos réus. O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o pedido […]

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A advogada foi executada com mais de 10 tiros (Arquivo)
A advogada foi executada com mais de 10 tiros (Arquivo)

A Justiça paraguaia negou a liberdade dos seis executores do narcotraficante Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’. A defesa havia entrado com pedido de habeas corpus, que foi indeferido mesmo após o juiz criminal Manoel Marcos ter ordenado, no dia 10 deste mês a libertação dos réus.

O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o pedido de habeas corpus, segundo o que foi relatado pelo site ABC Color. Julio César Gomes, Rafael de Souza, Felipe Diogo Fernandes Dias, Marcos Paulo Valdez Pereira, Ailton Botelho dos Santos e Luciano de Souza Martins estariam envolvidos na execução da advogada Laura Casuso, em 12 de novembro de 2018.

Os seis executores foram presos em fevereiro de 2019, e ocupam celas da penitenciária de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã em um forte esquema de segurança.

Áudios

Antes de ser executada Laura – que era advogada de Jarvis Pavão e Marcelo Piloto- teria gravado vários áudios e a imprensa local divulgado. Nos áudios, a advogada fala sobre o envolvimento da alta cúpula da polícia na proteção a ‘Minotauro’, dando trânsito livre ao narcotraficante e controle da região.

Laura teria deixado um áudio onde expunha o general Pinãnez que a teria advertido para que ficasse quieta, pois poderia sofre consequências.

Segundo o que foi noticiado na época, o diretor da Secretaria Nacional Antidrogas, Arnaldo Giuzzio, teria dito que Laura foi executada como queima de arquivo, já que tinhas muitas informações por ser ligada aos líderes e cabeças do narcotráfico.

A execução

A advogada foi executada com mais de 10 tiros, que atingiram o abdômen, tórax, pescoço e membros superiores, causando lesões vasculares e múltiplas fraturas. Ela chegou a ser socorrida e passar por cirurgia, mas momentos depois do anuncio do término do procedimento cirúrgico, ela não resistiu e morreu.

Imagens de câmeras de segurança gravaram o momento da execução de Laura. Nas imagens, é possível ver quando os pistoleiros chegam em uma camionete, de cor preta, e Laura saía de uma casa. Um dos homens desce e faz vários disparos contra ela, que cai na calçada. Em seguida eles fogem.