Na segunda-feira (28), Carlos Alberto Mendonça foi a julgamento em Aquidauana, a 139 quilômetros de Campo Grande, pela morte de Rose Meire Fermino de Andrade Mendonça, de 48 anos. A pastora era ex-mulher do assassino e foi morta dentro da igreja, durante o culto.

O processo correu em segredo de justiça e o júri popular aconteceu nesta segunda-feira. Assim, foi decidida a condenação do réu, de 19 anos e 7 meses de reclusão. O crime foi tratado como feminicídio e ainda teve o agravante de ter ocorrido na frente do filho da vítima e também porque ela tinha medida protetiva contra ele.

O réu ainda pode recorrer da decisão. Conforme O Pantaneiro, o juiz Ronaldo Onofre comentou durante a sessão que Carlos Alberto já tinha cometido feminicídio em Vázea Grande, em 1988. Como na época não existia o crime de feminicídio, o fato foi configurado como homicídio qualificado.

Mesmo assim, o réu ficou tanto tempo escondido que o crime acabou prescrevendo e ele foi considerado réu primário pelo assassinato da pastora. Apesar do crime ocorrido há mais de 20 anos não ter efeito para o julgamento do feminicídio, o juiz disse que usou o fato para manter a prisão preventiva.

Feminicídio na igreja

No dia 27 de agosto de 2019, o autor matou a ex-mulher com três tiros de revólver. Ele atirou quatro vezes, sendo que os três disparos atingiram a vítima dentro da igreja, em pleno culto religioso.

Vários fieis que participavam da reunião testemunharam o crime. Após os disparos, a vítima chegou a ser socorrida por populares, mas não resistiu aos ferimentos. O assassino fugiu, tentou suicídio com uma faca, mas foi capturado pela polícia de Aquidauana.