A Procuradoria-Geral da Prefeitura Municipal de afirmou, por meio de nota oficial, que ainda não teve acesso aos autos da Operação Offset, deflagrada pela na manhã desta terça-feira (6), em Corumbá e Campo Grande. De acordo com a PF, foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e 7 em Corumbá, em endereços onde foram apreendidos cerca de R$ 59 mil, até o momento.

A nota oficial da Prefeitura destacou que não ofereceu obstrução ao cumprimento dos mandados, que está ‘a disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos e que, por se tratar de investigação em fase inicial, ainda não haveria definição de investigados. Confira-a na íntegra:

Em nota, Prefeitura de Corumbá diz não conhecer teor de investigação da PF
Foto: Divulgação | PF

“Até o presente momento, a ainda não teve acesso aos autos que justificaram a operação policial desencadeada nesta terça-feira, 6 de outubro. Desta forma, são poucas as informações que o Executivo pode acrescentar ao que já foi noticiado pela imprensa.

Importante pontuar que a Prefeitura não ofereceu qualquer obstrução ao trabalho policial e segue à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários. A Procuradoria Geral do Município também ressalta que não há definição de quem são os investigados, já que se trata de fase inicial de procedimento investigatório”.

Operação Offset

Deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (6), a Operação Offset contou com 50 homens e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, em Campo Grande e Corumbá. Entre os alvos estão Márcio Iunes, irmão do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB) e ex-nomeado de Reinaldo Azambuja (PSDB), além do secretário de Infraestrutura de Corumbá, Ricardo Campos Ametlla, e de Edson Panes de Oliveira Filho, ex-secretário de , todos em Corumbá.

A investigação teve início após o recebimento de denúncias apontando supostos desvios de recursos públicos decorrentes de contratos de serviços entre a Prefeitura de Corumbá e uma empresa de engenharia sediada em Campo Grande. Ainda segundo a PF, o dinheiro desviado seria direcionado aos servidores e empresários. As investigações também indicaram que parte da verba destinada ao pagamento dos contratos é proveniente de repasse de recursos federais.

O nome da operação faz alusão a conhecida técnica de impressão, já que este é o principal ramo de atividade econômica, registrado nos órgãos competentes, da empresa investigada. Destaca-se que ela possui registros de outros ramos de atuação completamente diversos da atividade principal.

Para os investigadores, numa clara tentativa de facilitar a participação em diferentes processos licitatórios, mesmo sem deter outras capacidades necessárias. Em tradução livre para a língua portuguesa, a palavra “offset” significa “fora de alinhamento” ou “fora do lugar”.