Durante seu julgamento nesta terça-feira (17), em Igor César de Lima Oliveira, nesta terça-feira (17), em Campo Grande, disse que matou Rafael Baron depois de quase ser atropelado pelo motorista, no dia 13 de maio de 2019 após uma corrida.

Segundo Igor ele teria ouvido Rafael falar para sua esposa, “friozinho gostoso para ficar em casa e fazer amorzinho gostoso”, mas frase desmentida pela esposa do réu que afirmou na época do crime que o motorista teria dito apenas, “friozinho gostoso para ficar em casa”.

Ainda durante o depoimento nesta terça (17), Igor afirmou ter ficado ofendido com a ‘intimidade' que Rafael estava com sua esposa, e que teria ido até em casa para pegar o revólver e tirar satisfação, “Até achei que se conheciam”, disse Igor que afirmou não ter tido a intenção de matar Rafael, mas que fez os disparos por que ele teria tentado atropelá-lo, o que foi questionado pelo juiz já que o réu estava ao lado do veículo.

A arma usada no teria sido adquirida por Igor de uma gangue, e ele usava para se defender, segundo o réu. Ele foi indiciado por doloso, qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte de ilegal de arma de fogo.

Antes do começo do julgamento, a viúva de Rafael disse ao Jornal Midiamax que disse que espera por Justiça “Não vai trazer ele (Rafael) de volta, mas sem a punição ninguém aprende”, disse Karinne Pereira Baron, que ainda contou sobre o filho de 3 anos do casal, que constantemente pergunta pelo pai. “Toda vez que ele vê o violão do pai pergunta onde está Rafael”, falou.

A mãe de Igor também conversou com o Midiamax e disse a Justiça precisa ser feita por que o que o filho fez não está certo. “Ele não só acabou com a vida do Rafael, mas também com a vida dele e de toda a família”, disse a mulher que ainda afirmou saber que a dor da família do motorista é grande, mas para ela também não está sendo fácil e termina dizendo, “Que Deus perdoe ele (Igor) e sinto muito pela família (Rafael)”.

No dia do assassinato, Rafael foi morto a tiros depois de puxar conversa com a esposa de Igor durante uma corrida, no Campo Nobre. Igor alegou que o motorista teria começado uma conversa com a esposa dele. Ao deixar o casal no residencial em que moravam, Igor desceu do veículo e disse, conforme o registro da polícia, que viu Rafael e a esposa supostamente dele se beijarem, o que não teria ocorrido de acordo com uma testemunha.

Neste momento ele teria entrado no apartamento pela janela, pegado a arma de fogo e atirado contra a vítima. Igor chega a dizer ainda que sabia que a arma estava municiada com dois projéteis, que usaria um para atirar contra Rafael e outro contra a esposa.

Após quase quatro meses , Igor foi detido em uma casa no Jardim Carioca, onde se escondia. Um denunciante anônimo acionou a polícia e ele foi detido por equipe do Batalhão de Choque, sendo encaminhado para a delegacia e posteriormente para o presídio.