Pular para o conteúdo
Polícia

Corretora de MS é investigada por usar investimentos na Bolsa para formar pirâmide

Corretora com sede em Mato Grosso do Sul é investigada pela Polícia Civil por supostamente usar a Bolsa de Valores para praticar estelionato. A suspeita é de que a empresa RSI Consultoria e Investimentos formou pirâmide financeira se valendo da oferta de serviços de Day Trade, modalidade de negócio que visa o lucro com a […]
Arquivo -

Corretora com sede em é investigada pela Polícia Civil por supostamente usar a Bolsa de Valores para praticar estelionato. A suspeita é de que a empresa RSI Consultoria e Investimentos formou pirâmide financeira se valendo da oferta de serviços de Day Trade, modalidade de negócio que visa o lucro com a oscilação dos mercados. Pelo menos duas mil pessoas tiveram prejuízo milionário em todo o país. O caso é parecido com o da Minerworld, que explorava a mineração de criptomoedas.

Conforme apurado, as vítimas, em sua maioria, são empresários, advogados e policiais que investiram de forma diversificada. Alguns aplicaram R$ 2 mil, outros R$ 5 mil e alguns mais de R$ 100 mil. Uma das vítimas, uma advogada que preferiu não ser identificada, relatou que o responsável pela empresa se identificava como Pedro e afirmava ser da Bahia, mas foi descoberto que usava nome falso.

Ele abriu duas unidades da RSI, dentre as quais uma em e a outra em Ponta Porã. Em seguida, contratou corretores para captar investidores, oferecendo rendimentos na casa de 10%, acima dos demais meios de investimentos disponíveis no mercado. Para termos de comparação, numa poupança comum, o rendimento é inferior a 1%. Em um de seus anúncios, a empresa garantia que, quem investisse a partir de R$ 15 mil, em 28 dias teria retorno R$ 1.312,50.

“A RSI Consultoria e Investimentos foi fundada em 2016 por profissionais com extensa experiência e sucesso em consultoria de investimentos. Nossas equipes de consultoria trabalham ao mesmo tempo de forma autônoma e integrada, combinando suas estratégias para proporcionar diversificação de oportunidades em todos os setores do mercado. Nossas decisões são tomadas por meio de um processo de análise do cenário interno e macroeconômico global”, consta no panfleto informativo o qual a reportagem teve acesso.

Golpe

A advogada disse que conheceu a empresa por meio de uma amiga que tinha investido R$ 100 mil e vinha recebendo mensalmente de R$ 9 mil a R$ 10 mil. “Eu tinha um valor no banco que me rendia muito pouco, por isso conversei com minha gerente, fiz um saque e investi R$ 15 mil”, pontua a advogada. Ela começou a operar no ano passado e, mensalmente, a RSI disponibiliza planilha com os investimentos e rendimentos.

Ao todo foram quatro meses com pagamento de pouco mais de R$ 1 mil, como prometido. Porém, em setembro de 2019, o dinheiro desapareceu. “A gente entrava no sistema e não tinha saldo”, pontua. Ela passou a receber relatos de outras pessoas que também não estavam recebendo e nem conseguiam recuperar o investimento. Então foi levantada suspeita de que os serviços de Day Trade, na verdade, eram uma fachada para a pirâmide.

Ou seja, os primeiros investidores eram pagos com o dinheiro dos que iam entrando em seguida, até que o sistema se tornou insustentável e não foi mais capaz de honrar com os compromissos. “Ele [Pedro] sumiu, não foi mais visto desde então”, afirmou. 

Por este motivo, no dia 10 de fevereiro, a vítima registrou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, meio pelo qual denuncia Pedro e a RSI por estelionato. “Se você for na delegacia de , verá que tem vários b.os como o meu”. Ela garante que são pelo menos duas mil vítimas. “Acreditamos que não seja só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o país”.

Um foi comunicado do caso e prepara ação judicial. A equipe entrou em contato com a empresa nos telefones fixos de Dourados e Ponta Porã, bem como no celular de um dos representantes, mas não conseguiu contato.

Minerworld

Tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos Coletivo e Individuais Homogêneos de Campo Grande, processo contra a empresa Minerworld, bem como contra Bit Ofertas e Bit Pago, por suposta formação de pirâmide financeira, conforme investigações no âmbito da Operação Lucro Fácil, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao ) do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, em 2018.

A empresa prometia lucros exorbitantes e recuperação do investimento inicial em menos de um ano, a partir de suposta atividade de mineração de bitcoins. De acordo com a ação, a expectativa é que pelo menos 50 mil pessoas em todo o país tenham sido lesadas com o golpe da Minerworld. No processo, o juíz David de Oliveira Gomes Filho também determinou o bloqueio de bens dos investigados A empresa nega as acusações e afirma ter sido vítima de golpe milionário em um trader de bitcoins.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: sucuri é flagrada entre rodas de caminhão após viajar por alguns quilômetros

VÍDEO: Gol fica destruído por incêndio no Jardim Leblon

Uruguai, Paraguai e Colômbia carimbam vaga para a disputa da Copa do Mundo de 2026

Irmãos condenados por estupro de crianças são presos em Terenos

Notícias mais lidas agora

Deputado do RJ usava loja do Flamengo em Campo Grande para lavar dinheiro de facção, diz MP

VÍDEO: Crianças se arriscam em quadriciclo em meio a carretas e carros na BR-163

Após 30 anos, Teatro José Octávio Guizzo é reinaugurado em Campo Grande

vacina covid-19

Covid é principal causa de internação por síndrome respiratória no Rio

Últimas Notícias

Economia

Industriais buscam parceiros nos EUA para tentar reverter tarifaço

Os industriais estão nos Estados Unidos em uma comitiva liderada pela CNI

Polícia

Um é preso com carro roubado no DF e 1,3 tonelada de maconha

A droga apreendida está avaliada em R$ 3,8 milhões

Trânsito

VÍDEO: incêndio destrói carreta em Iguatemi

A informação é a de que ninguém ficou ferido

Esportes

Brasil é dominante e vence Chile em noite do 1º gol de Estêvão e retorno triunfante de Paquetá

A noite foi especial também para Lucas Paquetá