‘Cultura do machismo’, essa seria a resposta para tantas mortes de mulheres por seus companheiros e ex-companheiros, e essa é a resposta para o feminícidio de Katiuce Arguelho dos Santos, de 31 aos, que foi assassinada com 18 facadas pelo ex-namorado, Bruno Mendes de Oliveira, de 29 anos, no bairro São Conrado, em . Ele acabou sendo preso e condenado a 14 de , em 2018 pelo crime.

O casal vivia entre indas, e Katiuce acabou sendo morta depois que Bruno ao tentar reatar o relacionamento de 2 anos teria descobriu que a vítima estava voltando a se encontrar com o ex-marido, e inconformado acabou assassinado ela com 18 facadas desferindo seis no braço direito, nove no braço esquerdo, dois no pescoço e um nas costas.

O filho de 11 anos de Katiuce que estava na residência assistindo , teria ido brincar fora da casa após o autor entregar para ele um celular, podendo assim, ficar a sós com a vítima que acabou morta com 18 facadas. Bruno fugiu, mas acabou preso em seguida e no mesmo ano foi a júri popular sendo condenado a 14 de prisão pelo crime. Durante o seu julgamento, Bruno disse que se arrependeu do que tinha feito, “ Estou arrependido pelo que fiz e que a justiça seja feita”. Ele ainda foi condenado a pagar à mãe de Katiusce uma indenização de R$ 6 mil por danos morais.

“A maioria dos casos de feminicídio ocorrem pelo fato dos homens não aceitarem o fim do relacionamento. Como foram criados na cultura machista, muitos deles acreditam que são superiores e que as mulheres são uma propriedade”, é o que explica a delegada Joilce Silveira Ramos.

Só no ano de 2018, praticamente duas mulheres foram mortas por seus companheiros, um total de 27 mulheres assassinadas em todo o Estado. Maiana Barbosa de Oliveira, de 20 anos, e a filha recém-nascida, foram assassinadas pelo namorado Marcos Fioravanti Neto, de 22 anos, em Dourados, em novembro.

Naquele mesmo ano, Yara Macedo dos Santos de 30 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça pelo ex-companheiro, Edson Aparecido Oliveira Rosa de 35 anos, enquanto ela e o filho de 14 anos andavam de bicicleta. Edson não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso enquanto tentava fugir da cidade e indiciado por feminicídio.

Casos como estes só crescem, e neste ano de 2020, até o início do mês de maio, 14 mulheres foram assassinadas por companheiros ou ex-companheiros. Os números deste ano se igualam a 2019, ano que teve um aumento de casos nos seis primeiros meses, se relacionado a 2018, conforme os dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e ).

Denuncie

Ligue 180: é uma central telefônica que atua como um disque-denúncia. É um programa nacional que recebe denúncias de assédio e violência contra a mulher e as encaminha para os órgãos competentes.

190: telefone da . Tanto este contato quanto o 180 são serviços gratuitos que funcionam 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados.

Clique 180: aplicativo para celular que traz diversas informações importantes, como os tópicos da Lei Maria da Penha.

Casa da Mulher Brasileira: localizada na Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 – Jardim Imá, em Campo Grande. Funciona 24 horas, todos os dias da semana.