Uma cobrança de dívida na tarde desta sexta-feira (3) terminou na delegacia de Polícia Civil em . Uma moradora acabou sendo puxada pelos cabelos por um policial militar durante o atendimento da ocorrência. A confusão aconteceu no Residencial Rui Pimentel I, na Capital.

De acordo com Aurineide Lopes Graciano, 37 anos, uma das moradoras que faz parte do Conselho Fiscal do residencial, os moradores descobriram uma suposta irregularidade cometida pela atual síndica, que terá a identificação preservada pela reportagem.

A síndica teria sumido por cerca de três meses, época em que o contraiu uma dívida de cerca de R$ 19 mil. Foram cerca de R$ 6,8 mil por mês de contratos como limpeza, conservação, instalação de motor do portão, instalação de câmeras, sensores do portão e mais um contrato do pagamento do funcionário que trabalha na portaria.

A informação concedidas pelo advogado das moradoras, João Wilson de Araujo, alegam que a síndica teria reaparecido nesta sexta-feira e que moradores teriam ido ao local conversar e pedir para que ela assinasse uma carta de renúncia do posto ocupado pela mulher.

Já testemunhas afirmam que as moradoras do condomínio foram até o lado de fora da casa da síndica, quando a mulher teria agredido uma delas com um prato de comida. Neste momento, foi acionada a Polícia Militar que, segundo afirmam as mulheres, chegou agindo com truculência, como registrado em vídeo (veja abaixo). Uma delas, que teria resistido à voz de , passou a ser puxada pelos cabelos, para que entrasse na viatura.

Uma terceira versão é a da PM: segundo a corporação, ao chegar no local, a guarnição teria sido informada de que a síndica teve a casa invadida, sendo que ela e seu filho – com deficiência -, teriam sido agredidos pelas moradoras. Os policiais então deram voz de prisão para a mulher, que resistiu à prisão.

Lesão corporal, violação de domicílio, desacato e desobediência

O PM Gilson Aureliano, que atendeu a ocorrência, contou que deu voz de prisão pelos crimes de lesão corporal, violação de domicílio, desacato e desobediência e, na sequência, teria segurado a mulher para que ela entrasse na viatura. Outras duas mulheres também foram presas: uma que invadiu a casa da síndica; e a outra, que tentou dar fuga a moradora que estava sendo presa.

O advogado João Wilson disse que estava acompanhando o caso das irregularidades há uma semana. Ele confirmou à reportagem existência de dívida do condomínio e complementou também sobre uma multa diária de R$ 1,8 mil. Neste caso, a dívida do condomínio chega a R$ 32 mil. Ele também revelou que já estava sendo feita a coleta de abaixo assinado para uma nova eleição.

Todos os envolvidos foram levados para a delegacia. O caso será apurado pela polícia.