Audiência sobre morte de Matheus Xavier é retomada com oitiva de delegados

Continua na tarde desta terça-feira (03), no Fórum de Campo Grande, audiência sobre a execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, com forte esquema de segurança de policiais civis e militares. Na ocasião, serão ouvidas seis testemunhas de acusação.  Entre as testemunhas estão os delegados dos Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos […]

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Continua na tarde desta terça-feira (03), no Fórum de Campo Grande, audiência sobre a execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, com forte esquema de segurança de policiais civis e militares. Na ocasião, serão ouvidas seis testemunhas de acusação. 

Entre as testemunhas estão os delegados dos Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestro), Fábio Peró e João Paulo Sartori, que participaram da Operação Omertà, responsável por desarticular milícia que agia na Capital, além do delegado Carlos Delano, um investigador da Polícia Civil, uma guarda civil municipal e uma mulher.

A série de audiências teve início na segunda-feira (02). Réu como o empresário Jamil Name, que encontra-se preso no Presídio Federal de Mossoró, participam por videoconferência.

Execução

Matheus foi assassinado com sete tiros de fuzil em frente a sua casa, no dia 9 de abril de 2019. A execução do jovem de 20 anos teria sido por engano, já que o pai dele, Paulo Xavier, seria o alvo dos pistoleiros. Um dos envolvidos na situação é o guarda municipal que foi peça-chave na deflagração da Operação Omertà, Marcelo Rios – considerado gerente do grupo.

Em depoimento da mulher de Rios, arrolada como testemunha, ela revelou que ele teria desobedecido uma ordem para contratar novos pistoleiros para executar a “missão” de matar Xavier, acionando o mesmo “time” de assassinatos anteriores.

Rios chegou a relatar para a mulher que “a cabeça dele iria rolar” e, diante do erro na execução do crime, ficou desesperado, ficando inclusive sem comer e dormir, segundo relatado pela testemunha em depoimento ao Gaeco.

O guarda municipal fazia segurança para os Name e também era quem intermediava a contratação de outros seguranças e pistoleiros para executar os crimes determinados pela suposta milícia armada. Em depoimento, ele disse que os executores do crime foram os ex-guardas Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, o Zezinho.

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