Audiência é marcada 10 anos após operação que desmembrou quadrilha de Jarvis Pavão

No fim de outubro, por decisão do juiz federal Vitor Figueiredo de Oliveira, foi marcada audiência de instrução para que sejam ouvidos 15 agentes federais sobre a Operação Maré Alta. A ação sobre a operação de 2010 tem como réu Jarvis Chimenes Pavão, que na época, mesmo preso, comandava o esquema de tráfico internacional de […]

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No fim de outubro, por decisão do juiz federal Vitor Figueiredo de Oliveira, foi marcada audiência de instrução para que sejam ouvidos 15 agentes federais sobre a Operação Maré Alta. A ação sobre a operação de 2010 tem como réu Jarvis Chimenes Pavão, que na época, mesmo preso, comandava o esquema de tráfico internacional de drogas.

Na decisão, há informação de que a denúncia sobre a ação penal decorrente da Operação Maré Alta foi recebida em janeiro de 2014. Após apresentação de resposta à acusação, em julho de 2019 foi determinado ao MPF (Ministério Público Federal) atualização dos endereços das testemunhas para que pudesse ser designada audiência de instrução.

Assim, 10 anos depois da operação que mirou na quadrilha comandada por Jarvis Pavão, tido como liderança do CV (Comando Vermelho), foi marcada a primeira audiência de instrução. Conforme o magistrado, as testemunhas serão ouvidas nos dias 2, 3, 4 e 5 de março de 2021.

As testemunhas arroladas são 14 policiais federais e também um delegado, lotados em superintendências em vários estados. A defesa também foi intimada para esclarecer se há necessidade da oitiva de testemunhas de nacionalidade paraguaia. Por fim, foi intimado Jarvis Pavão, que deve participar por meio de videoconferência.

Jarvis está atualmente detido no Estabelecimento Penal Federal de Brasília (DF).

Operação Maré Alta

Conforme a Polícia Federal, a operação, na época, prendeu 9 pessoas em Mato Grosso do Sul e também cumpriu mandados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. A princípio, o esquema criminoso comandando por Jarvis Pavão era o de tráfico internacional de drogas. O entorpecente entrava no país através da divisa com o Paraguai.

Jarvis foi preso no final de 2009, por agentes do Paraguai e permaneceu na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Só anos depois, em dezembro de 2017 ele foi extraditado para o Brasil e inicialmente incluído no Presídio Federal de Mossoró (RN). Depois, acabou transferido para Brasília (DF). No Brasil, ele tem condenações por tráfico internacional e lavagem de dinheiro.

Naquele dia 7 de outubro de 2010, uma quinta-feira, os agentes federais cumpriram 15 mandados de prisão e outros 15 de busca e apreensão, todos expedidos pela Vara Federal Criminal de Ponta Porã. As cidades alvo da ação foram Gravataí (RS), Gramado (RS), Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas e Campo Grande.

Dos alvos, 5 já estavam presos. Ainda durante as investigações foram apreendidos 82 quilos de cocaína e um comprador foi preso no Rio Grande do Sul. Na operação atuaram 100 agentes.