‘Velho do PCC’ que teve comparsas mortos pela PM trocou de cela para fugir da Máxima
Supostamente envolvido com a quadrilha que cometia roubos em comércios na região do Indubrasil, usando chapéus e armamentos pesados, Antônio Júlio da Silva está evadido do Presídio de Segurança Máxima desde setembro. Ele trocou de cela com um colega e chegou a ser confundido no dia da fuga em que três escaparam do presídio. ‘Andorinha’ […]
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Supostamente envolvido com a quadrilha que cometia roubos em comércios na região do Indubrasil, usando chapéus e armamentos pesados, Antônio Júlio da Silva está evadido do Presídio de Segurança Máxima desde setembro. Ele trocou de cela com um colega e chegou a ser confundido no dia da fuga em que três escaparam do presídio.
‘Andorinha’ ou ‘Velho do PCC’ como Antônio é conhecido, cumpria pena na Máxima na cela 101 B e no dia 22 de setembro teria convidado o interno da cela 113 B para ir até a cela dele comer carne e ‘tomar umas’. Andorinha então pediu para o preso ficar naquela cela enquanto ele ia para a 113, mas não teria contado sobre a fuga.
Na madrugada do dia 23, uma segunda-feira, três presos escaparam da cela 113 por um buraco feito no teto, utilizando uma escada artesanal. Dois homens que também cumpriam pena ali foram recapturados por agentes penitenciários que viram a fuga pelas câmeras de segurança do presídio.
Na época houve confusão por conta da troca de celas, mas Antônio acabou identificado e denunciado pelo crime de dano ao patrimônio, além da evasão. Ele é apontado como o mentor intelectual da quadrilha, que teve um dos membros preso e dois mortos em confronto com a polícia na madrugada do último domingo (10) em Campo Grande.
A princípio, Andorinha ainda estaria agindo a mando de um interno da Máxima, mas não há detalhes de quem seja o preso. Natural de Lins, cidade do interior paulista, ele acumula passagens por roubos, furtos, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa desde 2000.
Armamento do PCC e confronto
Equipe do Batalhão de Choque fazia patrulhamento no anel viário, em busca de um carro que tinha sido roubado na noite de sábado (9), quando viram o Polo preto ocupado por dois homens. O veículo foi identificado como um carro utilizado em assaltos em Campo Grande, em que os bandidos, que usavam chapéus e assaltavam comércios na região do Indubrasil.
Foi feito acompanhamento tático e dada ordem de parada, mas o motorista tentou fugir. Os militares solicitaram apoio, momento em que o ocupante do Polo começou a atirar contra a viatura de dentro do veículo. O carro colidiu no meio fio e a dupla desceu do carro, ainda atirando contra os policiais, que revidaram os disparos.
Valdecir Valchak, de 31 anos, e Dilermando Cesar Almeida Ferreira, de 24 anos, acabaram atingidos pelos tiros e socorridos pelos policiais, mas não resistiram aos ferimentos. No carro, os policiais encontraram um papel com dois endereços, um que seria o endereço de Andorinha e outro onde foi preso Wagner Torrico Ramos, de 38 anos, que estaria guardando as armas da quadrilha.
Foram apreendidos uma submetralhadora UZI, calibre 9mm e uma Carabina M1 calibre .30. Preso em flagrante, Wagner mudou o depoimento ao delegado Guilherme Rocha, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Ele afirmou que foi agredido pelos policiais e que não tinha participação no crime.
A princípio Wagner falou aos militares do Choque que as armas pertenciam a Fábio, um interno da Máxima. Já na delegacia disse que inventou a história e que não sabia do armamento, além de dizer que foi coagido. Ele responderá por associação criminosa e foi arbitrada fiança de R$ 8 mil para liberdade provisória.
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