Condenado a 87 anos e seis meses prisão por seis homicídios, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, acusado de liderar grupo de extermínio responsável pela morte de ao menos 15 pessoas em , volta a júri nesta quarta-feira. Desta vez, ele e os comparsas Wagner Vieira Garcia e Ariane de Souza Gonçalves sentam no banco dos réus pela morte de Alex da Silva Santos, de 18 anos, que foi assassinado por estrangulamento.

O fato aconteceu no ano de 2016, na Rua dos Astronautas, no Jardim Veraneio, próximo ao bairro , em Campo Grande. O local foi alvo de várias investigações policiais, devido ao grande número de denúncias de exploração sexual e tráfico de drogas, que culminaram na descoberta de vários homicídios e de um cemitério clandestino no Jardim Veraneio com ossadas humanas.

Segundo denúncia, Nando matou Alex movido por vingança, em razão de a vítima tê-lo furtado. Utilizando-se de uma correia de máquina de lavar roupas, o réu estrangulou Alex até a morte, juntamente com os comparsas. No dia do crime, os acusados atraíram a vítima até o local, sobre o pretexto de usarem drogas.

Amarraram Alex pelas pernas, golpeando com caibro de madeira na cabeça e impossibilitando qualquer defesa da vítima. Em seguida, enterraram o corpo em uma cova. Wagner ajudou Nando sob recompensa de receber uma quantidade de pasta base de cocaína. Já Ariane. ajudou no crime para se vingar das agressões praticadas pela vítima.

Condenações

Dos sete júris já realizados anteriormente, Nando foi condenado pelos homicídios em cinco deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do homicídio, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver. O primeiro julgamento aconteceu no dia 29 de junho de 2018, com a condenação do réu a 18 anos e 3 meses de reclusão pela morte da vítima “Café” ou “Neguinho”. O processo está em grau de recurso.

Ainda no ano passado, no dia 23 de novembro, Nando foi julgado e condenado a 18 anos e 4 meses de reclusão e 20 dias-multa pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza. O processo também está em grau de recurso.

No dia 20 de fevereiro, ele recebeu nova condenação pela morte de Jenifer Luana Lopes. A pena foi fixada em 18 anos e 3 meses de reclusão. Dias antes, no dia 8, ele teve sua primeira e única absolvição até agora, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver de Ana Cláudia Marques. O crime foi atribuído a um de seus comparsas, que ainda não foi submetido a julgamento, pois recorreu. Pela ocultação do cadáver, a pena foi fixada em 2 anos de reclusão e 30 dias-multa.

No dia 10 de abril, ele teve a condenação a 16 anos e 3 meses de reclusão e 15 dias-multa pela morte de Flávio Soares Corrêa.  No dia 26, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão pela morte de Bruno Santos Silva. Ainda devem ser agendados os julgamentos pelas mortes das vítimas Alex da Silva dos Santos; Jhenifer Lima da Silva; Aparecida Adriana da Costa; Aline Farias da Silva; “Alemão” e Eduardo Dias Lima.