PF cumpre prisão contra ‘Galant’, líder do PCC acusado de envolvimento na morte de Rafaat

A PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de prisão preventiva contra o narcotraficante Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como Galant, após investigação que apontou que ele usava nome de ‘laranjas’ para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Galã é apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de fronteira e suspeito de […]

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A PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de prisão preventiva contra o narcotraficante Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como Galant, após investigação que apontou que ele usava nome de ‘laranjas’ para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Galã é apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de fronteira e suspeito de participação na morte de Jorge Rafaat Toumani.

De acordo com as informações da Polícia Federal em Ponta Porã, a prisão preventiva dele foi solicitada para a Justiça Federal de Campo Grande, após comprovada a lavagem de dinheiro. A prisão foi cumprida nesta semana na Penitenciária Bangu I, no Rio de Janeiro (RJ), onde Galant se encontra detido. A PF informou que Galã é considerado extremamente perigoso.

Elton Leonel foi preso por policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2018, pelo crime de uso de documento falso. A prisão preventiva é a segunda decretada em razão de investigações da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, sendo a primeira decorrente do envolvimento dele com uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de entorpecentes.

Galant é acusado de ter participado da morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani. Segundo informações, com a morte de Rafaat, o objetivo era assumir os negócios com o fornecimento de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai. Elton usava vários nomes na tentativa de despistar a polícia como, Ronald Benites, Oliver Giovanni da Silçva, Elton da Silva Leonel Gallant, Galan e Pakito. Ele estava foragido do sistema penitenciário.

Sócio de Minotauro

Um dos líderes do PCC e braço direito do narcotraficante Sérgio Quintiliano de Arruda, o ‘Minotauro’, foi preso em um condomínio de luxo em Santa Catarina, na quarta-feira (17). Jonas Silva Correa, conhecido como ‘Gordão’ estava usando documentos falsos. A prisão de ‘Gordão’ aconteceu durante uma operação conjunta da Polícia Federal e da polícia de Santa Catarina. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de parentes de Jonas, que foi levado para o presídio de Itajaí.

‘Gordão’ foi preso em 2015 pelo crime de tráfico de drogas, mas em 2017 foi resgatado de UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e estava foragido desde então. Jonas é considerado um dos maiores aliados de Minotauro na disputa do controle do tráfico na fronteira. Sérgio de Arruda foi preso em Santa Catarina, em fevereiro deste ano, sendo apontado também como um dos envolvidos na morte do narcotraficante Jorge Rafaat.

Morte de Rafaat

No dia 16 de junho de 2016, ao sair de seu escritório em Pedro Juan Caballero, Jorge Rafaat Toumani foi atacado por um grupo de pessoas armadas com fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

No local, além de centenas de capsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, que furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Também há informação de que seguranças de Rafaat teriam morrido durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos.

Guerra declarada

Membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) estão em guerra declarada contra grupos paraguaios pelo controle da fronteira seca entre o Brasil e Paraguai em Mato Grosso do Sul, um dos principais corredores para o narcotráfico na América Latina na atualidade. A luta tem se acirrado desde a morte de Rafaat e continua provocando verdadeiro banho de sangue na faixa fronteiriça.

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