Lavagem de dinheiro: nova fase da operação Lava Jato cumpre mandados em MS

Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (31), a 62º fase da Operação Lava Jato, denominada ‘Rock City’. São cumpridos 39 mandados sendo, 1 mandado de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. São alvos da operação os municípios de Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa […]

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Foto: Ilustrativa
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Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (31), a 62º fase da Operação Lava Jato, denominada ‘Rock City’. São cumpridos 39 mandados sendo, 1 mandado de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão.

São alvos da operação os municípios de Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo; Cuiabá; e em Mato Grosso do Sul, em Cassilândia; Petrópolis e Duque de Caxias; e Belo Horizonte. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

O objetivo é apurar o pagamento de propinas travestidas de doações de campanha eleitoral realizada por empresas do Grupo investigado, que também teria auxiliado o Grupo Odebretch a pagar valores ilícitos de forma oculta e dissimulada, através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, expediente conhecido como operações dólar-cabo.

A suspeita é que offshores relacionadas ao Grupo Odebretch realizavam, no exterior, transferências de valores para offshores do Grupo investigado, o qual disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para realização de doações eleitorais. Um dos executivos do Grupo Odebretch, em colaboração premiada, afirmou que utilizou o Grupo investigado para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela Odebrecht com o Grupo investigado no valor de R$ 120 milhões.

Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo investigado. O esquema desenvolvido com o Grupo investigado é uma das engrenagens do aparato montado pela Odebretch para movimentar valores ilícitos destinados sobretudo para pagar propina a funcionários públicos da Petrobras e da administração pública brasileira e estrangeira.

A investigação também apurou lavagem de dinheiro. Um dos executivos do Grupo investigado, valendo-se do instituto do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária regularizou com declaração falsa valores de R$ 1.393.800.399,02 (um bilhão, trezentos e noventa e três milhões, oitocentos mil, trezentos e noventa e nove reais e dois centavos). Há indícios de que essa regularização tenha sido irregular, em razão da suspeita de que os valores seriam provenientes da prática de “caixa dois” na empresa, com origem em um sofisticado esquema de sonegação tributária que contava com a burla de medidores de produção de cerveja, a qual era então vendida diretamente a pequenos comerciantes em espécie, sendo os valores então entregues a couriers da Odebretch.

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