Caso Marielly: Hugleice deve enfrentar júri em MS por morte da cunhada em aborto ilegal
Nesta segunda-feira (8), o MP (Ministério Público) apresentou denúncia contra Hugleice da Silva, pelos crimes de aborto e ocultação de cadáver, no caso da morte de sua cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, que morreu no dia 21 de maio de 2011, e pediu para que ele fosse a júri popular. Segundo a denúncia do MP, não […]
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Nesta segunda-feira (8), o MP (Ministério Público) apresentou denúncia contra Hugleice da Silva, pelos crimes de aborto e ocultação de cadáver, no caso da morte de sua cunhada Marielly Barbosa Rodrigues, que morreu no dia 21 de maio de 2011, e pediu para que ele fosse a júri popular.
Segundo a denúncia do MP, não restou dúvida de que Hugleice teria participado sendo autor do aborto e também da ocultação de cadáver de Marielly, com a ajuda do enfermeiro Jodimar. Ainda segundo relato do ministério, após a tentativa de Hugleice de matar a esposa, irmã de Marielly é necessário que se mantenha a prisão preventiva dele, que está detido em Mato Grosso.
Ainda no despacho do MP, é feito o pedido de listagem de testemunhas para que seja designado o julgamento, “Após, venham os autos conclusos para elaboração de relatório e designação de sessão plenário do júri”.
Hugleice estava em liberdade até que tentou matar a mulher. No dia 25 de março foi decretada a prisão preventiva dele. Ele tenta escapar de ir a júri popular pela morte de Marielly, após um aborto malsucedido, em maio de 2011. No início de março deste ano, o advogado de Hugleice disse que o caso pode ter uma reviravolta.
Ele contaria de fato o que teria acontecido na morte da cunhada. Hugleice teria admitido a culpa sozinho pelo crime para tentar salvar o casamento, mas que na realidade tanto a mãe como a irmã de Marielly sabiam do aborto e teriam participado também do ato, que terminou na morte da jovem.
Segundo o advogado, nunca foi provado que o bebê que Marielly esperava seria de Hugleice, já que nenhum exame de DNA foi feito na época. Ele está preso desde o dia 22 de novembro de 2018 depois de tentar matar a atual mulher a facadas. Hugleice foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), na BR-163.
Relembre o caso
O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição.
Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes.
No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly.
Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime
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