Passam por audiência de custódia nesta segunda-feira (30), em , cinco presos da Operação Ormetá deflagrada na última sexta-feira (27). , o policial civil Frederico Maldonado, Eltom Pedro de Almeida, Luís Fernando da Fonseca e Arthur Cunha D'Alecio, segurança particular.

Em depoimento, Jamil Name preso em flagrante por porte irregular de arma de fogo disse não saber como uma pistola Glock municiada teria ido parar na cômoda de sua casa. O empresário afirmou não possuir armamento. Ainda em depoimento, ele disse que uma espingarda encontrada com seu funcionário Adelino Louveira no seu Haras poderia ser sua, e que se fosse deveria ter registro na Receita Federal. A espingarda teria sido entregue ao funcionário para defesa pessoal.

Frederico Maldonado foi preso depois de ser encontrado no guarda-roupa de sua casa munições de origem estrangeira e munições de calibre 38. Em depoimento, ele contou que as munições poderiam ter relação com uma arma dada a ela em cautela pelo juiz de Ponta Porã, e que eram usadas para seu treinamento.

Eltom Pedro de Arruda foi preso depois de ser encontrado em sua casa 10 munições, além de uma pistola. Ele disse que, a arma seria de seu avô que já morreu e que nunca foi usada por ele. Ainda em depoimento disse estranhar sua prisão.

Luís Fernando da Fonseca treinador de cavalos do Haras de Jamil Name foi preso depois da polícia encontrar um revólver na gaveta de sua casa, cinco munições intactas e 23 munições calibre .40. Ele disse não ter registro e nem autorização para o armamento, e que havia comprado de um desconhecido há 6 anos na região.

Arthur Cunha D'Alecio foi preso depois de ser encontrado em sua casa 27 pinos de cocaína, que ele disse ter comprado na Casa do Albergado onde cumpre pena por lesão corporal dolosa. Já a arma e munições encontradas seriam de seu irmão Igor Cunha, alvo da operação, mas que possuem registro.

Operação Ormetà e execuções

A ação desenvolvida nesta sexta, contou com 17 equipes do Garras, e Batalhão de Choque da PM. Foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão. Informações são de que os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho seriam suspeitos de chefiar uma envolvida com execuções em Campo Grande. A polícia apreendeu R$ 150 mil em posse do empresário Jamil Name.

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018

O carro em que Ilson estava foi surpreendido, na avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança da Assembleia Legislativa usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.

Também foi executado com armamento do mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba' executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia.

Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.