A mãe de um dos donos da empresa Minerworld, que é investigada na Justiça por atuar como pirâmide financeira, sofreu ameaças na manhã do último dia 4 de maio por um dos investidores lesados pela empresa. De acordo com a ocorrência, registrado na quarta-feira (9), o homem teria comparecido à casa da vítima, que tem 69 anos, e efetuado ameaças.
Segundo o relato da idosa, o homem teria investido em bitcoins na Minerworld e, após comparecer à residência da vítima, exigiu R$ 20 mil e quis obrigá-la a pagar móveis avaliados na mesma quantia em uma loja Casas Bahia. A vítima teria respondido que não tinha nada a ver com a empresa, alvo da operação Lucro Fácil, do Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Diante da negativa, o autor teria ameaçado a mãe de um dos donos da empresa, afirmando que se ela não pagasse, reuniria cem pessoas para ir à casa da idosa. Às autoridades policiais, a vítima afirmou que teme pela integridade física e que deseja representar criminalmente contra o autor. O caso foi registrado como ‘Ameaça’ na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.
Arrolada como ré
A pedido do MPE (Ministério Público Estadual), a vítima e mais outros 10 foram arrolados como réus na ação que corre contra a Minerworld na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande. Segundo o MPE, os novos investigados teriam sido decisivos na difusão do esquema de pirâmide financeira praticada pela companhia.
Os novos arrolados também tiveram bens bloqueados, na ordem de R$ 300 milhões. Em nome da vítima das ameaças, que é mãe de um dos sócios da empresa, foram identificados e bloqueados para transferência um Ford Ecosport SE e três carros de luxo: Porsche Cayenne V6, uma BMW 320i e uma Mercedez Benz C180.