Inquérito ainda não foi instaurado 

A Polícia Civil aguarda evidências mais concretas antes de abrir inquérito para investigar denúncia de uma empregada doméstica de 26 anos, que afirmou ter sido presa obrigada pela patroa a se prostituir. O caso aconteceu em Dourados e veio à tona no último dia 17, quando a vítima teria fugido e procurado a polícia.

“Expedimos uma ordem de serviço para averiguar se a denúncia procede. Nessa fase é feita uma investigação preliminar para ver se há evidências do crime para então ser aberto o inquérito e colhido depoimentos”, explica o delegado Adilson Lima, responsável pelo caso.

O delegado afirma que vê o caso com estranheza e diz que é preciso cautela, já que segundo ele, em alguns casos denúncias registradas têm outras motivações. “É preciso precaução porque é estranho ao meu ver. A princípio é preciso cautela e ver se procede porque muitas vezes notícias de crime são motivadas por outra situação e não é verdade o que a pessoa comunica”, relata.

O caso

Após conseguir um emprego de empregada doméstica, na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, a jovem de 26 anos disse que foi obrigada pela patroa a se prostituir.

A vítima contou à polícia que conseguiu fugir depois de 57 dias mantida presa na residência da mulher e procurou ajuda na casa de seu pai, que mora na cidade. Na delegacia, a vítima explicou que trabalhou apenas por três dias com afazeres domésticos e depois foi obrigada a se prostituir.Polícia aguarda evidências em caso de doméstica obrigada pela patroa a se prostituir

A jovem teria ido para a residência para trabalhar no dia 20 de dezembro do ano passado conseguindo fugir apenas no dia 17 de fevereiro deste ano, quando procurou a delegacia da cidade para registrar um boletim de ocorrência.

Na residência, ela contou que não haviam outras meninas e não há informações se a autora foi encontrada pela polícia para prestar esclarecimentos.